MÚSICA

Orquestra Quadrafônica é a novidade em projetos culturais no DF

Grupo tem como proposta básica fazer a releitura de standards do jazz, de composições dos grandes nomes da música contemporânea e de temas de filmes clássicos

Irlam Rocha Lima
postado em 11/08/2021 06:00
 (crédito: Rodrigo Walcacer/Divulgação)
(crédito: Rodrigo Walcacer/Divulgação)

Numa cidade em que proliferam instrumentistas de qualidade, tem se tornado recorrente o surgimento, em Brasília, de grupos cujos integrantes participam de formações diversas. Uma delas é a Orquestra Quadrafônica, criada recentemente, que fez suas primeiras apresentações em projetos promovidos pelo Centro Cultural Banco do Brasil, como o Opera Brasilis, realizado em junho; e o Quintal CCBB, que vem ocorrendo neste mês.

O grupo tem como proposta básica fazer a releitura de standards do jazz, de composições dos grandes nomes da música contemporânea e de temas de filmes clássicos, em versões que fundem a sonoridade de orquestra com batidas eletrônicas, o que resulta num ritmo diferenciado e dançante, a exemplo dos norte-americanos Kamasi Washington e Thundercat.

A Orquestra Quadrafônica conta com Juliano Correa (produtor eletrônico e DJ), Samuel Mota (teclado, guitarra e banjo)/Muntchako, Carlos Beleza (guitarra)/ Almirante Shiva, Lucaas Tuas (baixo)/ Divinas Tetas, Thiago Cunha (baterista)/ Passo Largo, Haniel Tenorio (trompete e fulgehorn)/Jazz na Carta, Lucas Sombrio (clarone e sanfona) e Isadora Pina (saxofone)/ Funquestra. Cada um levou para a banda informações e experiências variadas.

Encontro mensal

Segundo Juliano Correa, o trabalho do grupo tem como fonte de inspiração as jam sessions que ocorrem no Museu da Imagem e do Som, em São Paulo, tendo como embrião bandas como Karnak e Funk como Le Gusta. “Depois da repercussão das apresentações em projetos do CCBB, estamos começando a desenhar a ideia de criar um encontro mensal com o público que se identifica com nosso som. Seria um baile com a Orquestra Quadrafônica”, anuncia o produtor eletrônico.

“Considero a experiência que vivemos na Opera Brasilis e no Quintal CCBB muito valiosa para o projeto que estamos desenvolvendo. Levantamos um repertório com releituras, arranjos autorais e mashups. Montamos um show bem amarrado, depois de quatro ensaios. Havia uma certa complexidade promover a integração entre as programações eletrônicas com o som orgânico. Foi preciso um grande empenho na pré-produção. Aquilo nos deu um feedback para novas ações e demandas”, ressalta Samuel Mota. “Pretendemos gravar um EP autoral até o final do ano e lançarmos com shows no verão de 2022”, acrescenta.

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