COVID-19

Após declaração, Jennifer Aniston explica rompimento com amigos que não se vacinaram

Ela causou polêmica ao comentar, no início desta semana, que não falava com amigos que se recusaram a receber o imunizante contra a covid-19

BBC
BBC - Coronavirus
postado em 08/08/2021 20:55 / atualizado em 08/08/2021 20:55
 (crédito: Instagram/Reprodução)
(crédito: Instagram/Reprodução)
A atriz Jennifer Aniston explicou por que cortou relações com alguns dos amigos que se recusaram a ser vacinados contra a covid-19.

No início desta semana, a atriz de Friends disse que "rompeu com algumas pessoas de (sua) rotina semanal" que decidiram não tomar a vacina contra a covid.

Desde então, alguns dos seguidores dela no Instagram perguntaram por que ela estava tão preocupada, já que ela já foi vacinada.

"Porque se você tem a variante, ainda pode passá-la para mim", publicou ela na quinta-feira (5/8).

"Posso ficar levemente doente, mas não serei internada em um hospital e/ou morrerei."

"Mas eu posso passá-la para outra pessoa que não tenha se vacinado e cuja saúde esteja comprometida (ou tenha alguma comorbidade) — e, portanto, colocaria a vida dela em risco."

A atriz fez esses comentários nos stories dela no Instagram, que permite que os usuários publiquem fotos, vídeos e mensagens que só ficam no ar por 24 horas.

'É uma vergonha'

Em entrevista para a "InStyle", publicada na terça-feira (03/8), Aniston disse: "Ainda há um grande grupo de pessoas que são antivaxxers (anti-vacinas) ou simplesmente não dão ouvidos aos fatos. É uma verdadeira vergonha".

"Acabo de perder algumas pessoas na minha rotina semanal que se recusaram ou não revelaram (se foram vacinadas ou não), e foi uma pena. Sinto que é uma obrigação moral e profissional informar, já que não somos testados todos os dias".

Ela acrescentou: "É complicado porque todo mundo tem direito à sua própria opinião — mas muitas não parecem baseadas em nada, exceto no medo ou na propaganda."

Aniston é uma das atrizes mais famosas do mundo, em grande parte graças à interpretação de Rachel no seriado americano Friends.

No início deste ano, o elenco do seriado voltou às manchetes quando se reuniu na TV pela primeira vez em 17 anos.

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Aniston quebrou um recorde do Instagram (que já foi batido) quando criou uma conta na rede social em 2019. Agora, ela tem 37 milhões de seguidores.

No início desta semana, a rede de notícias norte-americana CNN demitiu três funcionários por voltarem ao trabalho não vacinados. O chefe da CNN, Jeff Zucker, disse que a empresa tem "uma política de tolerância zero em relação a isso".

No Reino Unido, na quinta-feira, a nova executiva-chefe do NHS (serviço público de saúde), Amanda Pritchard, pediu aos adultos não vacinados que recebessem a vacina, reforçando que isso é "muito importante".

Mais de 46 milhões de pessoas no Reino Unido receberam pelo menos uma dose de vacina contra o coronavírus, no maior programa de inoculação que o país já lançou.

Esses altos níveis de vacinação criaram uma "barreira de proteção", disse o governo, suficiente para acabar com as restrições de contato social.

As vacinas agora estão sendo oferecidas a todos com 16 anos ou mais, assim como crianças com mais de 12 anos.

O site do NHS afirma que as vacinas são "a melhor maneira de proteger a si e aos outros" contra a covid, observando como elas reduzem o risco de pessoas ficarem gravemente doentes ou morrerem do vírus, ao mesmo tempo em que diminuem as chances de contraí-la ou propagá-la.

No entanto, eles também lembram que as pessoas vacinadas ainda podem pegar e espalhar o coronavírus.

Enquanto os efeitos colaterais mais comuns são leves, dizem eles, os mais graves, como reações alérgicas ou coagulação do sangue, são raros.

Aniston defendeu publicamente as vacinas, mas outras estrelas do entretenimento, incluindo o cantor do Stone Roses, Ian Brown, Van Morrison e Eric Clapton expressaram preocupação com os imunizantes.

Clapton descreveu sua experiência de tomar a vacina como "desastrosa" e culpou a "propaganda" por exagerar em sua segurança.

Ele, Brown e Richard Ashcroft desistiram de participar de festivais por se recusarem a participar de eventos que exigem comprovante de vacinação como condição de entrada.

A partir do final de setembro, o governo espera implantar uma lei exigindo duas doses para pessoas entrarem em boates e alguns outros locais de grande aglomeração na Inglaterra.


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