Música

Erika Ribeiro lança primeiro disco solo com referências ao Brasil e à Rússia

O disco reúne pelas de Igor Stravinsky e Sofia Gubaidúlina, além de pela de Hermeto Paschoal, em uma mistura de referências brasileiras e internacionais

Correio Braziliense
postado em 06/08/2021 16:07 / atualizado em 06/08/2021 16:07
Eryka Ribeiro estabelece diálogo entre Hermeto Paschoal e Igor Stravinsky -  (crédito: João Atala)
Eryka Ribeiro estabelece diálogo entre Hermeto Paschoal e Igor Stravinsky - (crédito: João Atala)

 A pianista Erika Ribeiro vai lançar seu primeiro disco solo com referências ao Brasil e à Rússia. O disco chega após a paulista passar dois anos e meio em Berlim estudando e aperfeiçoando técnica no instrumento.

O álbum vai reunir peças de dois russos: Igor Stravinsky, cuja morte completa meio século, e Sofia Gubaidúlina, que celebra 90 anos de vida. O primeiro solo da pianista foi produzido pela gravadora Rocinante e conta com a pintura de Tomie Ohtake na capa do disco.

Junto com o repertório clássico, a pianista trouxe um pouco de música brasileira, com uma peça da lenda popular Hermeto Pascoal transcrita pela primeira vez para piano. “A gente ouve Hermeto e pensa logo naquele mágico que transforma tudo em música, toca mil instrumentos, toca até o que não é instrumento, como uma chaleira ou um pato de borracha, além de fazer aquela harmonização vocal única. Escolhemos gravar Série de Arco, e ali toquei como se estivesse realizando uma redução de orquestra”, comenta Erika, em material de divulgação.

O álbum está em construção desde agosto de 2020 e a pianista teve como diretores musicais Sylvio Fraga e Bernardo Ramos. Sylvio selecionou as peças e Erika ficou responsável pelas transcrições. Para a gravação, a equipe trouxe o piano da famosa loja do Zé Luís, em São Paulo, para o estúdio da Rocinante, que fica em Araras, no meio da floresta.

Os engenheiros de som Pepê Monnerat e Duda Mello já haviam estudado tudo sobre o instrumento em questão, um CFX Yamaha. “Gostei demais do caminho que percorremos para gravar este disco. Investigar as opções, a linguagem. Imprimir o meu jeito de tocar piano nessas peças que tinham outra estética e isso muito me agrada assim como estar na Rocinante, que tem forte essa coisa de trazer o novo e não faz discos previsíveis”, analisa a pianista.

 

 

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