A franquia do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU, sigla em inglês) finalmente volta aos cinemas com a estreia de Viúva Negra nas telonas. O último filme lançado da franquia foi "Homem-Aranha: Longe de Casa", em 2 de julho de 2019, bem antes da pandemia.
A heroína, da Marvel Comics, chegou aos cinemas despretensiosamente em 2010, no segundo filme do Homem de Ferro do MCU. Desde lá, ela participou de mais 6 filmes da franquia: Os Vingadores (2012), Capitão América 2: O soldado invernal (2014), Vingadores: Era de Ultron (2015), Capitão América: Guerra Civil (2016), Vingadores: Guerra Infinita (2018) e Vingadores: Ultimato (2019).
Com a pandemia, muitas pessoas têm deixado de ir aos cinemas por medo da infecção por coronavírus. O Cine Drive-in, que ganhou força durante a quarentena, continua mantendo as regras de distanciamento e, por isso, mesmo com a capacidade de 400 veículos, está recebendo apenas 200.
Segundo Marta Fagundes, sócia administradora do local, o lugar deve receber muitos espectadores nos próximos dias. “Sabemos que este filme estava muito esperado e a expectativa é de cinema cheio por vários dias.” Apesar desta semana o Drive-in ainda não ter sessão dublada, Fagundes informou que na próxima semana estará disponível.
Mateus França, 18 anos, é super fã da Marvel e estava ansioso para assistir ao longa. “Há 2 anos estávamos sem um filme da Marvel, não via a hora de lançar Viúva Negra”, contou. Acompanhado dos pais e do primo, a família de Mateus foi em 2 carros para o Drive-in. “O legal de vir ao Drive-in é que podemos trazer a própria comida, então passamos em um fast food antes de vir, e a parte ruim é que fica complicado ir com mais de 2 pessoas no mesmo carro, por isso viemos em 2”.
A rede americana de cinema Cinemark, presente no Brasil desde 1997, tem 3 cinemas em Brasília, e exibiu o filme em 18 salas, somando 46 sessões apenas na sexta-feira (9/7). Segundo a rede, foi preciso se reinventar para se adaptar aos tempos pandêmicos. “Os ingressos poderão ser comprados pelo aplicativo da Rede ou escaneando o QR Code diretamente nas comunicações do cinema. Aqueles que comprarem entradas e combos pelo celular, diretamente no cinema, não terão custo extra. Os ATMs, localizados próximos às bilheterias, também realizarão a venda de ingressos.”
Letícia Cassiana, 18 anos, foi uma das fãs da heroína russa a ir conferir o filme no Cinemark. “Espero por uma despedida para a Natasha e uma apresentação para a Yelena, já que a Florence Pugh é uma atriz excelente.”
Wesley Oliveira, Fábio Santos e Alessandro foram assistir ao filme pelo entretenimento, esperando surpresas. Os amigos contam que assistiram todos os filmes dos estúdios Marvel e estavam felizes que a personagem tenha ganhado um filme solo. Fábio, 44 anos, conta que é a primeira vez que vai ao cinema desde a reabertura das salas: “Acho que estou inaugurando muito bem a volta”.
Hipersexualização versus a forte presença feminina
Com roupas coladas e decotes, a atriz intérprete da personagem, Scarlett Johansson, informou recentemente em entrevista ao site americano Collider que se sentiu como "um pedaço de carne". "Enquanto ['Homem de Ferro 2'] foi muito divertido e teve grandes momentos nele, a personagem foi tão sexualizada, sabe? É como se ela fosse um pedaço de algo, como uma posse ou qualquer coisa", disse Johansson.
Agora em 2021, sob as lentes da diretora Cate Shortland, a personagem é vista de forma diferente, com roupas que a ajudam no combate e sem colocá-la em um patamar de beleza e sensualidade. O “olhar feminino” da produção cria uma personagem forte, que passa a sensação de poder mas também se permite errar, além de focar nas necessidades da personagem, que não são românticas.
Viúva Negra é um filme sobre mulheres, vemos o protagonismo de várias personagens femininas que demonstram força e independência, além de manter certa sororidade e sentimento de família umas com as outras. Esse não é um filme onde as personagens competem ou brigam por futilidades, mas sim tentam derrubar sistemas (sem dar mais spoilers).
A espectadora Letícia Cassiana ainda elogiou a presença feminina, “Em um filme dirigido por uma mulher (Cate Shortland) onde ela (Natasha) faz coisas por outras mulheres e com mulheres ao seu lado, eu adorei!”