Além de Viúva Negra, do universo da Marvel Studios, estreiam, nesta quinta-feira (8/07), no circuito dos cinemas de Brasília, seis novos filmes, entre produções brasileiras, norte-americanas e de outras partes do planeta. Quem tiver preferência por dramas deu sorte. O gênero é maioria entre as novidades nas salas de cinema da capital. As mulheres também são maioria entre os diretores.
Dirigido por Sahraa Karimi, primeira mulher a presidir a Organização de Cinema Afegão, Hava, Maryam, Ayesha (2019) traz a história de três mulheres, todas grávidas e de diferentes contextos sociais. Elas são moradoras da capital do Afeganistão, Cabul. O longa promete revelar detalhes da cultura do país em relação à gravidez. Uma está prestes a se divorciar do marido infiel quando descobre que está esperando um filho. Outra mora com os sogros, mas se encontra em situação de desamparo, enquanto a terceira aceita casar com o primo depois que o namorado foge ao descobrir que a parceira está grávida.
Com produção dividida entre Brasil, Argentina e Uruguai, Chico Ventana também queria ter um submarino (2020) mescla drama e fantasia. Com direção do uruguaio Alex Piperno, a trama vai unir, em um labirinto cinematográfico, histórias em diferentes partes do mundo. Um tripulante de um navio que navega pelos mares da Patagônia descobre, embaixo do convés, um portal mágico que leva ao quarto de uma jovem em uma cidade da América do Sul. Simultaneamente, um grupo de homens tropeça em uma cabana de concreto perto de seu assentamento nas Filipinas, o que faz com que alguns dos moradores se sintam ameaçados. Além do choque, as diferenças entre os diferentes modos de vida também podem despertar curiosidades entre os personagens.
Cercadas pelos traumas de uma pequena cidade do interior dos Estados Unidos, três estudantes do ensino médio se unem após uma colega de classe desaparecer misteriosamente. Knives and skin (2019), com direção de Jennifer Reeder, conta a história dessas três adolescentes que se veem amadurecendo mais rápido do que imaginavam.
O drama biográfico O charlatão (2020) conta a história de uma das figuras curiosas do turbulento século 20. Jan Mikolasek, interpretado por Ivan Trojan, foi um herborista que dedicou a vida ao cuidado dos enfermos, ganhando fama e fortuna com métodos e tratamentos pouco ortodoxos para curar vários tipos de doença. Já era renomado na Tchecoslováquia antes da segunda guerra mundial e aumentou ainda mais sua riqueza durante as ocupações nazistas e, mais tarde, sob o regime comunista. Esses regimes se beneficiaram das habilidades do curandeiro, que pagou um preço para manter o status em meio a tantas mudanças. A direção é por conta da polonesa Agnieszka Holland.
Ainda na esteira da história, o filme Pedro e Inês (2018) é baseado na história real do rei Dom Pedro I, que desenterra sua amante Inês de Castro para torná-la rainha depois de morta. Internado em um hospital psiquiátrico por conta do episódio, Pedro delira sobre sua própria existência. Dirigido pelo português António Ferreira, o longa é protagonizado pelos atores Diogo Amaral e Joana de Verona, imortalizando a mais gloriosa história de amor portuguesa.
Em Sibyl (2019), a psicoterapeuta que tem o mesmo nome decide abandonar a profissão para se dedicar à literatura, quando se depara com Margot, uma atriz problemática que parece fornecer o material perfeito para um romance. Envolvendo-se cada vez mais com a vida conturbada da paciente, a psicoterapeuta acaba revivendo memórias sombrias que preferia esquecer. A direção é da cineasta francesa Justine Triet.
*Estagiário sob supervisão de Nahima Maciel