Após decidir se pronunciar mais sobre a pandemia da covid-19 e as atitudes do governo em relação às medidas de segurança e à vacinação no país, Samantha Schmütz tem sido alvo de críticas de fãs e famosos. Após morte do ator Paulo Gustavo em decorrência do vírus, a amiga se revoltou com a falta de posicionamento de outras celebridades e desabafou sobre o assunto em entrevista ao programa Saia justa, do GNT.
"Eu sempre me posicionei. Falando da minha área, é um governo, que, desde o dia um, é contra a cultura, mas até aí, se posiciona quem quer. Mas agora, nessa situação de vida e morte, não é escolha. Essa coisa da morte do Paulo [Gustavo]... ele era um símbolo, uma alegria do Brasil, é como se todos nós tivéssemos sentido a morte de um parente muito próximo. É isso que eu escuto das pessoas na rua. Isso realmente mexeu comigo", contou.
A atriz relembrou ainda e criticou uma brincadeira feita pelo presidente Jair Bolsonaro, alguns dias após velório do ator: "Dois dias após o enterro do Paulo, vi o presidente imitando uma pessoa sem ar. Então eu fiquei sem ar, porque não é possível que isso está acontecendo. É um desrespeito com as famílias, com as pessoas, fiquei imaginando o quanto as pessoas estão sofrendo nos hospitais. Fiquei imaginando o Paulo cheio de tubos, virado de bruços para tentar respirar. As pessoas estão lutando pela vida, então não dá para brincar com isso".
Samantha falou sobre uma maneira de 'boicote' aos famosos que estão se isentando do assunto: "acho que a gente tem que silenciar quem não quer falar, tem um botãozinho lá. Não parei de seguir, mas não vou dar like, não vou dar engajamento para quem não estou vendo se preocupar com o país nesse momento. E se a gente for para uma coisa pior? Fico muito indignada com quem tem voz e não fala, escutei muita gente se identificar com minha fala".
"Nesse momento, não é uma coisa de escolher partido ou candidato. É ficar do lado da vida dos brasileiros. Para que conquistamos tanta voz? Para que temos milhões de seguidores? É só para vender produtos? A gente quer influenciar o 'arrasta para cima', 'use meu cupom'... é só para isso? Não, gente! Podem até não concordar comigo, mas penso assim. Não adianta ter voz se eu não puder usar, porque estou cuidando do Brasil, do lugar que eu vivo. Eu acho muito louco esse negócio do 'lutar para ser isento'. Gente, como ser isento agora?!, finalizou Samantha.