A cantora, compositora, atriz e multi-instrumentista Lucy Alves, 35, está lançando mais um trabalho da carreira. O álbum Avisa estreia dia 17 nas plataformas digitais. Com sete faixas, o disco traz releituras dos hits clássicos do grupo paulistano Falamansa, sucesso nos anos 2000. Uma das canções vai contar com parceria inédita de Tato, compositor e vocalista da banda.
Ao Correio, Lucy revela a vontade de se unir ao pessoal do Falamansa, que marcou uma geração inteira. “Eu tinha o desejo de poder fazer algo com eles. A gente nunca tinha tido a oportunidade, mas nos cruzamos na estrada e nos palcos. Estamos muito felizes com o resultado”, destaca.
Em mais um ano sem as festividades juninas, Lucy promete colocar todo mundo para dançar em casa com Avisa. “O forró, de forma geral, é o gênero que está mais vivo no São João, e esse álbum vem justamente neste momento para tentar matar um pouquinho da saudade”, explica. “As músicas são muito boas. São canções que trazem uma atmosfera gostosa, que falam de amor e têm várias mensagens positivas.”
A cantora começou a carreira no grupo de música nordestina Clã Brasil, composto pelo próprio pai, mãe e irmãs de Lucy, todos instrumentistas. Em 2013, a artista se consagrou finalista da segunda edição do programa The Voice Brasil e, após a participação no reality, começou a atuar em novelas da Rede Globo.
História pessoal
Sobre ser, ao mesmo tempo, cantora e atriz, Lucy brinca que “precisa se desdobrar”. “A música é muito especial para mim, mas também curto muito atuar”, comenta. Na tevê, a paraibana afirma ter interpretado mulheres muito significativas para ela. “Eram personagens que carregavam muito da minha história pessoal.”
A compositora não deixa de reafirmar a identidade como mulher nordestina. “É muito potente ser nordestina e ser mulher neste país. A gente sabe que não é fácil viver em um mundo patriarcal e machista, mas me sinto muito feliz e com uma grande responsabilidade de representar as artistas do Nordeste”, diz.
Por meio de seu trabalho, Lucy exprime o orgulho de onde nasceu, e, principalmente, a resiliência e força das pessoas da região. “Foi onde aprendi tudo. Eu me sinto muito honrada de poder representar o meu povo”, conclui.
*Estagiária sob a supervisão de José Carlos Vieira