O documentário Maria Luiza deu visibilidade ao caso e o Supremo Tribunal Federal (STF) postou nas redes sociais um vídeo em que confirma que Maria Luiza, a mulher cuja vida é narrada no filme, sofreu sim discriminação de gênero. Ela foi a primeira mulher transsexual a fazer parte do efetivo das Forças Armadas Brasileiras.
A discriminação apontada pela postagem do STF se deu devido ao fato de, logo depois da transição de gênero de Maria Luiza, ela ter sido reformada, termo usado para aposentadoria das Forças Armadas, da Força Aérea Brasileira, à qual dedicou mais de 20 anos de vida e carreira.
No vídeo, Maria Luiza conta brevemente o ocorrido passando pela própria transição até chegar ao momento em que foi reformada. Ela acusa as autoridades militares de a terem discriminado e agradece ao STJ por ter reconhecido que ela é uma mulher e sofreu discriminação.
O STF concordou com a militar. “Ela tentou permanecer com suas atividades militares, mas sofreu discriminação de gênero e recorreu à Justiça”, escreveu o Tribunal na legenda do vídeo, que faz parte também das ações do Dia do Orgulho LGBTQIA+.
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Maria Luiza: o preconceito continua
Mesmo com um filme sobre a própria história e o reconhecimento de entidades como o STF, Maria Luiza continua sofrendo com preconceito e discriminação. Muitos dos comentários da postagem têm teor transfóbico ou transformam a luta da militar reformada em uma bandeira política.
O filme Maria Luiza, dirigido por Marcelo Diaz, narra a vida da militar da infância ao fim da carreira nas Forças Armadas. Além dela, são entrevistadas pessoas próximas e militares envolvidos ou que conhecem o caso. O filme chegou a ser exibido nos cinemas e passou por festivais no Brasil e no mundo.
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