Cantora mineira, com presença na cena musical brasiliense desde 2010, Márcia Tauil tem como principal influência nos trabalhos que realiza, um dos pilares da Bossa Nova, o compositor, arranjador, produtor e violonista Roberto Menescal. Embora tenha descoberto a obra do artista capixaba bem depois de o movimento ter surgido. Em 1999, ela lançou o CD Pro Menesca, que teve a participação do ídolo.
Tempos depois, dividiu o palco do Clube da Bossa de Brasília com Menescal algumas vezes. O artista capixaba volta a ser objeto de reverência de Márcia. Lançamento do selo Mins Música, acaba de chegar às plataformas digitais o álbum Pro Menesca — volume 2, gravado com o violonista Félix Júnior. Eles têm como convidada nesse projeto a cantora Sabrina Parlatore.
O álbum, que tem como proposta a valorização da história da MPB, traz oito faixas. Entre elas estão os clássicos O barquinho, Rio e Vagamente, compostas por Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli; Bye Bye Brasil, rara parceria de Menescal e Chico Buarque; além das menos conhecidas Amanhecendo, Japa e Longa metragem Estrada Delhi Rio. Esta última, a cantora já havia gravado no disco anterior.
Márcia conta que a música de Roberto Menescal entrou em sua vida quando nos anos 1980 ouviu os LPs Aquarelas, de Emílio Santiago; e o que Leila Pinheiro canta a Bossa Nova, lançados pela PolyGram, gravadora que tinha o compositor como diretor artístico. “Ambos os discos foram produzidos por Menescal, autor também de algumas músicas e dos arranjos. Eu era criança e cantava aquelas canções, acompanhada pelo meu irmão mais velho”, lembra.
Félix Júnior, um dos instrumentistas mais requisitados da cena musical brasiliense, ganha elogios de Márcia Tauil, com quem divide o CD. “Impressiona o virtuosismo de Félix em todo o álbum, fazendo acompanhamento com seu violão 7 cordas; e, especialmente, em Bye Bye Brasil, para a qual criou arranjo solar e aconchegante, que trouxe ares de novidade para a canção, tema de abertura do filme homônimo”.