Neste sábado (8/05), Luciano Huck homenageou o ator Paulo Gustavo, morto aos 42 anos na última terça (4/05), durante o Caldeirão. Cotado como candidato à presidência para 2022, o apresentador também fez críticas ao governo federal pela forma com que lidou com a pandemia.
“Foi uma partida injusta porque poderia ser evitada. Se o Brasil tivesse levado a sério essa pandemia desde o começo, hoje todos nós já estaríamos vacinados. E o Paulo não teria partido”, disse.
Como exemplo oposto, Huck citou o caso dos Estados Unidos, onde ele diz ter havido uma “mudança de rumos”. “Eles tiveram a sabedoria de ouvir a ciência e mudaram os rumos. Em três meses, vacinaram a população. Agora, a Broadway anunciou que vai reabrir suas cortinas. Aqui, seguimos chorando nossos mortos. É muito revoltante”, disse.
Sobre Paulo Gustavo, o apresentador declara: "Ele ia muito além de fazer graça. Tinha muito afeto, tinha acolhimento, tinha representatividade. Ele era exatamente assim, na tela ou fora dela, no palco ou na coxia. Ele tinha essa pressa de viver", lembrou.
"Na vida pessoal, ele rompeu barreiras e preconceitos, formou sua família, desbravando caminhos e derrubando muros de preconceito. Como cidadão, era inquieto, levantou bandeira, defendeu minorias e criticou absurdos dos últimos tempos. Em janeiro, quando faltou oxigênio em Manaus, ele foi o primeiro a me ligar e disse, como podemos ajudar? E ajudou”, conta Huck.
Após a homenagem ao humorista, Huck se dirigiu à mãe de Paulo Gustavo, Déa Lúcia: "Sei que amanhã vai ser o Dia das Mães mais difícil da sua vida, mas se isso consolar um pouco, a senhora foi a maior inspiração para seu filho. A relação e a história de vocês vai estar eternizada em nossos corações".
O personagem mais conhecido de Paulo Gustavo é justamente Dona Hermínia, inspirada na personalidade de Déa e protagonista dos filmes de maior sucesso de bilheteria do ator.