Após o anúncio da emissora NBC de que não irá transmitir a cerimônia do Globo de Ouro no ano que vem em razão da desatualização da Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA, sigla em inglês), Scarlett Johansson se pronunciou sobre o assunto. A atriz revelou situações sexistas no Globo de Ouro e pediu para que os colegas da indústria interrompessem o envolvimento com a HFPA, que é formada por um grupo de jornalistas internacionais responsáveis pelos indicados e vencedores da premiação.
As críticas em relação à falta de representatividade entre os membros votantes do Globo de Ouro ganharam força após a investigação do jornal Los Angeles Times, que identificou a inexistência de votantes negros na Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood. Em comunicado enviado aos veículos norte-americanos Deadline e Variety, Scarlett Johansson disse que se recusa a participar das conferências organizadas pelo grupo de jornalistas.
"Como uma atriz que promove um filme, espera-se que a pessoa participe da temporada de premiações participando de coletivas de imprensa e também de shows de premiação. No passado, isso muitas vezes significava enfrentar questões e comentários sexistas de certos membros da HFPA que beiravam o assédio sexual. É a razão exata pela qual eu, por muitos anos, me recusei a participar de suas conferências", afirma a atriz.
Scarlett Johansson foi indicada cinco vezes ao Globo de Ouro e concluiu ao dizer que "a menos que haja uma reforma fundamental necessária dentro da organização, acredito que é hora de dar um passo atrás no HFPA e nos concentrar na importância e na força da unidade dentro de nossos sindicatos e da indústria como um todo". Além do pronunciamento de Scarlett, o ator Tom Cruise se posicionou ao devolver os três prêmios do Globo de Ouro conquistados durante a carreira.
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