O brasiliense Marvyn lançou na segunda-feira (12/4) o clipe de Alma bonita, mais novo single da carreira. No entanto, o mais interessante do lançamento ficou na conta dos fãs do cantor. Parte das despesas do vídeo foram pagas por doações de pessoas que acompanham o trabalho de Marvyn e queriam que o single fosse para frente.
“Consegui arrecadar R$ 3 mil que foram muito importante para a produção do trabalho atual, pois na sequência tivemos mais um lockdown”, conta o músico. A ideia partiu do próprio Marvyn que, após descobrir que chegou a 12 mil seguidores, propôs que cada um fizesse uma transferência de R$ 1 para ajudá-lo a bancar o vídeo. Ao final, ele recebeu mais de 800 transferências, algumas de mais de R$ 1. “Foi bacana demais ver que as pessoas acreditam no meu trabalho a ponto de me apoiar financeiramente. Fico com o coração grato”, complementa.
A música tem traços de reggae, de bossa nova e de samba com a voz bem marcante de Marvyn como foco principal. O cantor fala sobre essa pessoa de alma bonita. “A alma bonita é algo que transcende padrões porque é uma beleza de dentro pra fora e nós conseguimos enxergá-la mesmo de olhos fechados”, explica o artista. “Está além da beleza física e além das palavras, tem pessoas que falam pelo olhar e esse olhar é acolhedor”, completa.
O videoclipe teve a participação de Sarah Fonseca, ex-De Férias com o ex e Ilhados com Beats. As imagens foram gravadas na Chapada Imperial. “Foi incrível”, afirma Marvyn sobre as gravações. “A equipe já é uma galera que eu estou acostumado a trabalhar, então foi muito bacana, porque apesar de trabalharmos com seriedade, nós sempre conseguimos manter o clima descontraído durante o processo. Além de termos gravado em uma locação que já traz essa energia boa, que é a Chapada Imperial”, acrescenta.
Pandemia
Gravar o clipe e a música em meio a pandemia do novo coronavírus foi um desafio para o cantor, que se esforçou ao máximo para colocar o mínimo de pessoas em risco. “A preocupação maior foi em reduzir ao máximo a equipe e seguir as normas de distanciamento”, lembra o músico.
“Tem sido complicado, certamente não está fácil pra ninguém e creio que pra nossa classe artística está um pouco pior porque fomos os primeiros a parar e seremos os últimos a voltar”, avalia o artista. Ele teve que se reinventar, fez uma linha de moletons, assinou coleções de roupas e de óculos durante esse tempo.
No entanto, nem a pandemia desestimulou Marvyn que já se prepara para mais. “Pretendo continuar investindo no meu trabalho autoral, inclusive já tenho outros lançamentos agendados para o segundo semestre”, antecipa. O foco também vai ser se aproximar do público quando a situação de saúde e a sanitária melhorarem. “Seguimos aguardando a vacina e a volta definitiva dos shows porque estou cheio de saudade dos palcos”, espera Marvyn.
*Estagiário sob a supervisão de Roberta Pinheiro