Um dos maiores críticos literários do país e membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), Alfredo Bosi morreu nesta quarta-feira (7/4), aos 85 anos, o acadêmico estava internado em São Paulo devido a um diagnóstico positivo da covid-19, que se desenvolveu para uma pneumonia. Devido às medidas de distanciamento e isolamento social impostas pela pandemia, não haverá velório.
Acadêmico e crítico
Autor, professor e crítico, Alfredo Bosi contribuiu de forma indiscutível para literatura brasileira e em estudos da língua portuguesa e italiana. Ele era o sétimo ocupante da cadeira número 12 da Academia Brasileira de Letras (ABL) e tornou-se membro em 2003.
Nascido em São Paulo, em 1936, Bosi formou-se em letras pela Universidade de São Paulo (USP) em 1960 e partiu para uma especialização em literatura italiana em Florença, na Itália. Voltou ao Brasil para lecionar o tema na USP. Posteriormente voltou o foco para literatura brasileira e assumiu um cargo de professor titular no Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. Na carreira acadêmica, ocupou a Cátedra Brasileira de Ciências Sociais Sérgio Buarque de Holanda da Maison des Sciences de l’Homme em Paris.
Como autor escreveu livros importantes para o estudo da literatura brasileira, títulos como Pré-Modernismo (1966), História Concisa da Literatura Brasileira (1970), O ser e o tempo da poesia (1977) e Céu inferno: ensaios de crítica literária ideológica (1988).
Alfredo deixa dois filhos, Viviana e José Alfredo.
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