Numa conjuntura que precede a estreia do longa Libelu – Abaixo a ditadura (de Diógenes Muniz), marcada para 13 de abril, retratos de escritores, sociólogos, professores e artistas estão estampados em vários longas-metragens exibidos atualmente em plataformas virtuais. Depois da passagem pelas telas de cinema, Libelu, por sinal, também alcançará o meio de exibição do streaming. Tratando do grupo estudantil setentista paulistano Liberdade e Luta, impulsionado pela Organização Socialista Internacionalista, o filme de Diógenes Muniz, que agrupa reflexões de cientistas políticos e de jornalistas, faturou o título de melhor documentário nacional do Festival É Tudo Verdade.
Passeatas e movimentos de defesa da democracia dão enredo para muitos dos filmes incluídos na cartela clube Curtaon! (atração da Net, pelo Now). Ameaça sistemática à democracia, a ditadura é protagonista em O dia que durou 21 anos, de Camilo Galli Tavares, que desvenda desdobramentos do golpe militar de 1964. Narrado pelo ex-exilado político e jornalista Flávio Tavares, o filme trata do conteúdo de documentos estrangeiros secretos saídos de lideranças norte-americanas que apoiaram a ditadura no Brasil. Também presente na linha de frente da programação da Now, o documentário de Roberto Mader, Condor, mostra intercâmbios entre ditaduras implantadas no Cone Sul dos anos de 1970, e que promoveram expertise em torturas destinadas a brasileiros, argentinos, bolivianos, uruguaios, paraguaios e chilenos.
Mácula chilena
O Chile e a história da queda do modelo de desenvolvimento, entre os anos de 1970 e 1973, pelo presidente Salvador Allende estão estampados, de graça e on-line, na mostra Cinema Latino-Americano de Miguel Littín (www.spcineplay.com.br). Hoje, às 16h, a atração é especial: uma masterclass com o pesquisador Alexsandro de Souza e Silva (excepcionalmente pelo canal no YouTube da mostra).
Em cartaz até 8 de abril, a programação contempla o longa Ata geral do Chile (atração de terça, às 19), feito em 1986, e que revela filmagens na clandestinidade do cineasta Miguel Littín ao Chile do general Augusto Pinochet. Com particpações de Gabriel García Márquez e de Fidel Castro, o longa examina aspectos como a riqueza histórica do Pampa (ao norte) e dosa certa esperança na coprodução gerada por Chile e Cuba.
Atração de amanhã, às 19h, o longa A última lua é de 2005 e promoveu a união entre Chile, Espanha e México para ser produzido. Também é embalado pelo abalo político, uma vez que mostra a Palestina de 1914, e a quebra da tranquilidade entre o judeu Jacob e um palestino que ajustam a construção de uma casa em colina judaica, a dias de uma guerra que transformará ambos.
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