Jornal Correio Braziliense

Novo ciclo começou

Astrologicamente falando, o ano de 2021 se iniciou apenas em março, quando o Sol chega ao signo de Áries, o primeiro do zodíaco. Mais especificamente, às 6h37 do último dia 20. Para a canadense Chani Nicholas, esse novo ciclo será de grande peso das decisões tomadas em 2020. “Não precisamos da astrologia para nos dizer que a nossa capacidade de viver de forma sustentável neste planeta está em um ponto crítico. É bastante claro que a conta está vencida, e o peso das ações anteriores está pesando sobre nós. De todas as maneiras que pudermos, devemos aproveitar a emoção de viver com propósito, honestidade e sem tempo a perder”, define.

A cobrança à qual Chani se refere tem explicação na movimentação dos astros. O astrólogo brasileiro André Mantovanni, autor de Os astros guiam o seu destino e colaborador em Almanaque do pensamento, revela que, na astrologia, o ano de 2021 será uma espécie de continuação de 2020, devido ao ciclo de Saturno iniciado em 2017 no signo de Capricórnio. O planeta se refere à responsabilidade, à disciplina e à estruturação. “Saturno nos faz entender que neste momento a humanidade precisa aprender com a sua responsabilidade individual. É um momento de rever o velho jeito de lidar com o mundo. Ele nos pede responsabilidade e amadurecimento. A gente vê que nos últimos anos houve guerras políticas, problemas econômicos mundiais... Tudo que mexe com a estrutura de um povo envolve Saturno”, analisa.

Vale lembrar que no ano passado houve a chamada grande conjunção entre Júpiter, Saturno e Plutão, em que muitos astrólogos disseram poder explicar a crise pandêmica, por se tratar de planetas que falam de transformação radical (Plutão), de responsabilidade (Saturno) e das leis (Júpiter). Posicionamento semelhante ocorreu durante o período da Segunda Guerra Mundial. “Todas as grandes mudanças na sociedade são marcadas por períodos sombrios. É como se fosse tirar a sujeira que está embaixo do tapete. Tudo isso para uma nova consciência emergir”, comenta.

Outro aspecto importante de se avaliar 2021 é a regência de Vênus, planeta ligado ao afeto, ao amor e aos valores. “Será um ano em que a gente poderá prestar atenção nas relações pessoais, tanto familiares quanto amorosas. É um ano para pensar justamente sobre isso: onde ficam os valores depois deste processo de pandemia?”, questiona Mantovanni. Ele destaca que Vênus trata das questões monetárias. “Essa pode ser uma preocupação muito grande, como fica a economia. Pela astrologia, só vamos conseguir respirar aliviados em 2022. Este ano será uma continuação do que vivemos em 2020”, completa.

O ano será marcado, ainda, por quatro eclipses: dois lunares em 26 de maio e 19 de novembro, e dois solares, em 10 de junho e 4 de dezembro. “Os eclipses sempre seguem nessa linha de transformação. É uma oportunidade de evolução”, explica. Também haverá três retrogradações de Mercúrio. A primeira aconteceu entre 30 de janeiro e 20 de fevereiro. As demais ocorrerão entre 29 de maio e 21 de junho e entre 29 de setembro e 17 de outubro. É o momento em que o planeta aparentemente “caminha para trás”, criando tensões nas áreas de comunicação e tecnologia. “É uma oportunidade de olhar de novo para algo. Todo ano a gente passa pela retrogradação de Mercúrio. É um tempo favorável de rever as coisas que ficam pelo caminho. É um período de mais cuidado. Mas não tem por que se amedrontar. É só preciso ficar atento e usar a astrologia como uma grande bússola”, acrescenta.