assédio

Dani Calabresa: "Estou com meus pedaços colados, estou leve"

A humorista estreia nesta semana programa no GNT. Em entrevista ao 'Saia justa', ela comentou que o trabalho a ajudou a superar o assédio sofrido

Correio Braziliense
postado em 04/03/2021 08:02
Dani Calabresa desabafou no 'Saia justa' dizendo que, muitas vezes, o assédio é visto como coisa normal -  (crédito: Globo/ Estevam Avellar)
Dani Calabresa desabafou no 'Saia justa' dizendo que, muitas vezes, o assédio é visto como coisa normal - (crédito: Globo/ Estevam Avellar)

"Estou com meus pedaços colados, estou leve". A frase define o momento da humorista Dani Calabresa, segundo ela mesma contou em entrevista ao programa Saia justa desta quarta-feira (3/3). Os pedaços foram quebrados devido ao assédio que ela teria sofrido de Marcius Melhem -- as acusações são apuradas pela Justiça e envolve outras mulheres, que também dizer ter sido agredidas pelo humorista e diretor.

Dani estreia nesta sexta-feira (5/3) o programa Dani-se, protagonizado por ela no GNT. Foi essa entrega ao trabalho e a projetos novos que impulsionou que Dani se reerguesse. "O trabalho me salvou. Eu tenho porque acordar. Eu tenho porque tomar banho. Eu tenho que lembrar quem sou. Os amigos, família, terapia, também. Mas o trabalho foi o que mais salvou", contou.

Ao mesmo tempo, o trabalho também foi o que, de certa forma, adiou a denúncia de Melhem por Dani. Isso porque eles estavam em projetos em comum, como o Zorra e programas inéditos. "Por causa do trabalho eu não reagi antes. Eu tinha tanto medo de sofrer. Tinha medo de sofrer um boicote", justificou a humorista.

"O assédio é um assunto tão assustador que a gente tenta fingir que é normal. Você segue como você consegue. Fingindo normalidade, tentando ser legal, demonstrando uma gratidão excessiva. Mas chega uma hora que isso começa a fazer tão mal que você tem que arrebentar a tampa desse caldeirão", continua.

A humorista ainda fez um alerta a mulheres: "Nada autoriza assédio. Nenhuma brincadeira, nenhuma mensagem autoriza assédio. Naquele dia foi carinhosa, riu, bebeu, não interessa. Ninguém tem o direito de forçar o contato físico com ninguém. É preciso permissão. É muito difícil lidar com tudo isso, organizar o pensamento. Estou com meus pedaços colados, estou leve. E na terapia."

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