Dono de uma filmografia com obras nada convencionais, o diretor Júlio Bressane, por quatro vezes vencedor do troféu Candango nas edições do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, completou 75 anos, ontem (13/2), mas a celebração se estende com a exibição de seis filmes dele no Canal Brasil. Sempre, a partir da 0h30 das terças, quartas e quintas-feiras, e até o dia 25 de fevereiro, será possível acompanhar a programação.
A mostra começa com o clássico underground Matou a família e foi ao cinema, estrelado por Renata Sorrah e Márcia Rodrigues. Realizado em 16mm, em preto e branco, e ao longo de apenas 15 dias, é um filme que dá as bases da inventividade do cinema de Bressane. Trata de amor e de violência, sem necessariamente se ater à realidade. Na quarta-feira a atração é Filme de amor, premiado na capital. Trata dos jogos amorosos de um trio de anônimos, em busca de prazer extremado. Fernando Eiras comanda o elenco. Na quinta-feira é a vez de A erva do rato, com uma das atrizes bem requisitadas por Bressane: Alessandra Negrini. Ao lado de Selton Mello, ela encampa histórias levemente baseadas em escritos de Machado de Assis.
Vencedor do Candango de melhor roteiro, Dias de Nietzsche em Turim (2001) examina as condições de produtividade do filósofo alemão Friedrich Nietzsche durante temporada pela Itália. O filme será mostrado no dia 23 de fevereiro. Na sequência, quarta e quinta, será a vez, pela ordem, de Educação sentimental e do polêmico Cleópatra (2007), vencedor do prêmio máximo no certame de Brasília.