MÚSICA

Tony Bennett revela Alzheimer e agradece ao apoio da família e amigos

Doença do artista foi relatada num artigo publicado pela ONG norte-americana AARP; Bennett se prepara para o lançamento do segundo álbum com a cantora Lady Gaga

Correio Braziliense
postado em 01/02/2021 18:31 / atualizado em 01/02/2021 18:32
 (crédito: JOSEPH PREZIOSO/AFP)
(crédito: JOSEPH PREZIOSO/AFP)

O ícone da música norte-americana Tony Bennett, de 94 anos, revelou nesta segunda-feira (1º/2) que sofre, desde 2016, do Mal de Alzheimer. O assunto foi tratado pelo cantor, a família e artistas que colaboraram com Tony em um artigo publicado por uma ONG que trabalha com questões que afetam a população idosa, a AARP.

Depois da grande repercussão do texto, por meio do Twitter, o músico compartilhou que “a vida é um presente – mesmo com Alzheimer”, e agradeceu a esposa, Susan Crow, ao apoio da família e à AARP por “contar a minha história”.

O artigo conta como a doença progrediu nos últimos anos na vida de Bennett, e como "os seus momentos de clareza se tornaram cada vez mais raros". Segundo a ONG, a memória do artista está debilitada e a interação dele está diminuta. Entretanto, Bennett não sofreu com os sintomas mais graves do Alzheimer, como terrores noturnos e episódios de depressão.

Carreira segue na ativa

O texto relata como o cantor “se ilumina” quando está gravando, embora não esteja mais tão envolvido na produção e arranjos. A carreira do artista segue ativa, e, segundo ele, gravar canções no estúdio é como uma terapia.

Ele se prepara para o lançamento do segundo álbum de duetos com a cantora Lady Gaga, continuação de Cheek To Cheek, ganhador do Grammy de melhor Álbum Pop Vocal Tradicional em 2015. Além do trabalho, Tony ensaia com o pianista Lee Musiker por 90 minutos, duas vezes por semana.

"A neurociência não consegue explicar como um homem cuja voz se tornou tão hesitante ao falar — e cuja memória de eventos, pessoas e lugares está largamente perdida — consegue, ao ouvir poucas notas de música, cantar com tanta beleza e expressão. O que (o neurocientista e músico Dan) Levitin nos disse é que a música e o canto emergem de um lugar do cérebro que é totalmente distinto daqueles associados à fala e à linguagem", observa o artigo.

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