Dança

Grupos brasilienses apresentam espetáculos de dança gratuitos no YouTube

Estreia nesta quinta-feira (27/1) o espetáculo 'Aiyê', dirigido e concebido por Larissa Ferreira. Na sexta-feira (29/1), o projeto 40.4, das bailarinas Ana Julia Paiva e Anna Carolina Uchôa, retoma a temporada de apresentações

Estreia nesta quarta-feira (27/1), de modo virtual, o espetáculo de dança Aiyê. Dirigido e concebido por Larissa Ferreira, o trabalho parte do corpo afro diaspórico feminino em um jogo entre dança e tecnologia. Ele será apresentado no canal homônimo no YouTube e segue em cartaz até 30 de janeiro.

O projeto completa uma trilogia de criações e pesquisa de Larissa no contexto da dança em diálogo com as tecnologias digitais para a cena, assim como aprofunda as investigações realizadas pelo Grupo de Pesquisa Corpografias.

A palavra “Aiyê” significa “vida” na língua iorubá, tronco linguístico de muitos dos africanos trazidos para a América Latina. O espetáculo, portanto, aborda a vida a partir de relações de gênero, as matrizes afro indígenas, as questões sócio-culturais e políticas, trazendo a beleza de um legado ancestral, mas também acionando as violências cotidianas que denunciam o racismo estrutural.

O projeto prevê ainda uma apresentação especialmente desenhada para a comunidade de cegos, que envolve audiodescrição e uma instalação de dança sonora-corporal.

Quarentena

Também partindo do corpo feminino em movimento, mas com o olhar para as angústias e as ansiedades do período de isolamento social, o espetáculo 40.4 encerra a temporada de apresentações neste fim de semana. Criado pelas bailarinas brasilienses Ana Julia Paiva e Anna Carolina Uchôa, junto com o produtor audiovisual Nathan Nascimento, o projeto traz, por meio da dança, as situações vividas por duas mulheres, misturando os sentimentos que invadem o espaço dos corpos e de onde vivem.

40.4/Divulgação - Espetáculo de dança 40.4

A semente do projeto nasceu em abril de 2020, em meio as inquietudes trazidas pela pandemia. A equipe buscou dar visibilidade a temática das doenças mentais misturando arte e educação, já que as duas idealizadoras trabalham na área e viram na criação do espetáculo a possibilidade de viabilizar o acesso a duas temáticas fundamentais de discussão nas escolas: a saúde mental e a própria quarentena.

Para garantir a acessibilidade, serão disponibilizadas versões com tradução em libras, em Áudio-descrição e também em cores adaptadas para os Daltônicos.

Serviço:

Aiyê

Realização do Grupo de Pesquisa Corpografias. Até 30 de janeiro, às 20h, com interpretação em LIBRAS. A apresentação e a instalação de dança sonora-corporal especialmente desenhada para a comunidade de cegos, com audiodescrição, será exibida no dia 31 de Janeiro às 18h. No canal Aiyê no YouTube. Gratuito. Livre para todos os públicos.

40.4

De 29 a 31 de janeiro, com uma sessão por dia, às 20h. Para retirar o ingresso é só acessar o Sympla. Gratuito