O cinegrafista Ivalino Raimundo da Silva, conhecido como Gaúcho, morreu por complicações da covid-19. Ele integrou a equipe do Domingão do Faustão, da Globo, de 1989 a 1996 e ficou conhecido após Fausto Silva fazer brincadeiras com ele durante o programa. A esposa, Ruth Pereira deu uma entrevista para a revista Quem, que foi divulgada nessa segunda-feira (04/01) e explicou a evolução da doença.
"Ele vinha sofrendo de Mal de Parkinson há 24 anos, desde que saiu da TV Globo, em 1996. Apesar de ser uma doença progressiva, ele levava uma vida normal. Mas no final de 2019 ele teve um problema pulmonar e foi internado. A partir dessa internação, ele ficou debilitado e, desde então, tinha o tratamento de home care”, ressaltou.
“A grande dúvida é sobre como ele pegou covid-19. Porque seguíamos todos os protocolos, o uso de máscara, álcool em gel, isolamento. Ele foi para o hospital porque apresentou um problema no pulmão”, acrescentou.
Gaúcho foi internado após apresentar problemas pulmonares na véspera de Natal no Hospital Geral do Ingá, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. “Lá, o primeiro teste para covid-19 deu negativo, já o segundo, positivo. O problema pulmonar se agravou e a médica entrou com a medicação usada para o novo coronavírus”, acrescentou.
Mas, no dia 28/12, ele teve duas paradas cardíacas e não resistiu. Além da mulher, ele deixa quatro filhos, quatro netos e um bisneto.
Processo
O apresentador, Faustão, fazia brincadeiras durante o programa e o cinegrafista ficou conhecido por nunca mostrar o sorriso. Mas, segundo a esposa, ele era o contrário. “Ele era uma pessoa doce e alegre. Mas criou aquele personagem para o Faustão porque não queria uma interferência, ele era tímido, queria ficar quieto. E o Faustão cresceu na brincadeira”, disse Ruth.
“Gaúcho do armário”, “mais antigo câmera da América Latina” e “galã de velório” eram algumas das brincadeiras feitas por Fausto Silva na época. Em 1995, Ivalino Raimundo chegou a abrir um processo contra a Globo e o apresentador, que pedia a indenização de R$ 1 milhão. Ele alegava que sua imagem era explorada indevidamente. O caso foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF), que acatou o pedido do cinegrafista em 2004.