Como o próximo passo no caminho artístico e autoral da brasiliense Lulu Praxedes, o single REC chega ao público nesta sexta-feira (15/1) e poderá ser conferido em todas as plataformas digitais. A canção, composta, escrita e produzida pela cantora, faz reflexão sobre uma história registrada pelas lentes da vida. A mixagem e masterização ficaram por conta do DJ e produtor Cybass. Já a ilustração da capa, feita em aquarela, é um trabalho da cearense Raisa Christina.
REC é a trilha sonora de uma história de desencontro. Os fatos são narrados por um observador, que lança um olhar reflexivo sobre os acontecimentos. “E eu quis contá-la como se estivesse sendo vista de um terceiro ângulo. A ideia é ver a fita voltar e tentar entender a história a partir de uma espécie de filmagem ou de um registro da vida. Tentar encontrar em que ponto o erro aconteceu para levar ao desencontro”, revela a artista.
É que Lulu Praxedes tem formação em publicidade, trabalha na produção de trilhas sonoras para audiovisual e também é DJ. Intrinsecamente ligada às experiências anteriores, a carreira autoral da cantora surgiu não de um desencontro, mas de um reencontro com a música, que ocorreu em 2019, a partir do lançamento do EP de estreia Três. “Comecei a produzir depois da experiência com trilhas sonoras. Com o autoral, consegui me libertar um pouco do briefing, do deadline e mostrar um pouco mais de mim. Foi natural. Foi a necessidade de me expressar livremente e começar a produzir meu som”, explica. Entretanto, a relação com a música remonta à infância e à adolescência, quando tocou os primeiros acordes e escreveu os primeiros versos.
Musicalidade e carreira
A artista resolveu retomar a expressão autoral na música, especialmente, por perceber que havia mais abertura para a sonoridade alternativa, o que confirmou ao lançar os primeiros trabalhos. “Principalmente em Brasília. As pessoas aqui são muito abertas aos diferentes sons. Comecei a me sentir mais segura para lançar mais coisas”, explica.
Sem sentir a necessidade de se definir em uma vertente sonora, ela analisa que suas produções se aproximam à vertente do Trip Hop, ou Indi Hop, uma mistura de sons analógicos com sons digitais/eletrônicos. “É o que tento trazer para minha música. Uma não definição, que é uma definição. Gosto de misturar o violão com o sintetizador, e de trazer essa bagagem de banda, que tive na adolescência e no meu trabalho como DJ”.
Entre diversas referências nacionais e internacionais, Lulu cita nomes como Sade, Portishead, Sevdaliza, The Internet, Mahmundi, Ama Lou, Marina Lima e, Luedji Luna, com quem teve a oportunidade de “dividir os palcos virtuais” em 2020, na primeira performance ao vivo, tocando as próprias composições. “Fiquei nervosa em ser parte do line-up com uma super musa como a Luedji Luna, que é uma grande referência para mim. E eu nunca tinha performado o meu trabalho, sempre produzi, cantei e lancei. A receptividade foi maravilhosa e muitas pessoas que não conheciam meu trabalho puderam conhecer”, conta.
No mesmo ano, ela fez outra estreia, lançando o primeiro projeto audiovisual voltado à carreira, o clipe da faixa Both know. “Na composição de Both know, eu já sentei pensando em escrever uma história para vídeo. Eu viajo muito nas referências visuais até chegar na produção da música. Mesmo que não grave, de fato, um vídeo para a canção, penso em elementos que criam um roteiro de fundo para a música, sons que tragam sinestesia e sensações, e que dialoguem com a letra”.
A artista adiantou que o novo single, REC, também terá um vídeo promocional para as redes sociais e que, em 2021, terá o trabalho ainda voltado ao espaço virtual, um ambiente seguro de encontro com o público. “Eu ainda estou à mercê da questão da vacina. Eu só quero pensar em eventos quando a gente tiver 100% de segurança. Por enquanto, ainda estou bem aberta às propostas virtuais”, e completa, “O exemplo é muito importante nesse momento.” Desse modo, é possível acompanhar o trabalho de Lulu Praxede, por meio das plataformas digitais e pelos perfis nas redes sociais, como o Instagram.
*Estagiária sob supervisão de Roberta Pinheiro
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