Nome que ajudou a construir a cena do teatro e da música em Brasília, Maria de Souza Duarte morreu, na manhã desta quarta (30/12), aos 85 anos, após lutar contra um câncer de estômago. Figura essencial no cenário da política para as artes e para a educação no DF, Maria era também ex-secretária de Cultura.
Carioca, ela chegou a Brasília nos anos 1970 para dirigir o Sesc e foi uma das criadoras do Teatro Garagem, pelo qual passaram alguns dos artistas mais importantes da música e do teatro no DF. A história do espaço foi tema do livro A Educação pela Arte – O Caso Garagem, que a própria Maria publicou para contar a experiência de fundar um espaço no qual arte e educação poderiam se fundir em prol da formação de público.
Maria foi secretária de Cultura entre 1995 e 1996, na gestão de Cristóvão Buarque. Ela também foi uma das idealizadoras do Festival Latino-Americano de Arte e Cultura, o Flaac, em parceria com Guilherme Reis e Laís Aderne. O festival ocupou as ruas do DF em 1987 e 1989, quando trouxe à cidade artistas como Fito Paez e Célia Cruz.
Nota de pesar da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal lamenta a morte da gestora e escritora Maria de Souza Duarte, que teve papel fundamental para a profissionalização da cultura brasiliense nos anos 1970, quando coordenou o Sesc e criou o Teatro Garagem, palco do surgimento de nomes expressivos da música, da dança e do teatro de Brasília.
Carioca e assistente social, que chegou na capital, em 1974, Maria Duarte ainda ajudou a cartografar esse período rico da cultura do DF em livros, a exemplo de “A Educação pela Arte – O Caso Garagem”.
“Maria Duarte é um dos nomes essenciais para o amadurecimento da cultura no DF, quando criou um teatro e abriu as portas para a diversidade de experiências, marca da cultura de Brasília. Em sua generosidade, deixou.para as próximas gerações. os seus preciosos registros de memória”, observa o secretário Bartolomeu Rodrigues.
O ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB) também lamentou a morte de Maria Duarte. "Maria Duarte era uma pessoa diferenciada. Sabia do valor da cultura e da educação como instrumentos de transformação de vidas. Uma pessoa de valores e de valor. Já sinto saudades!", escreveu.