Sob os efeitos de doeça crônica, não detalhada por familiares, o ator Lee Wallace morreu, aos 90 anos, no domingo passado (20/12). A notícia da morte veio a público apenas agora. Leo Melis, como registrava o nome de batismo de Lee Wallace, nasceu e morreu em Nova York. Por 45 anos, ele foi casado com a atriz Marilyn Chris. No cinema, uma curiosidade acompanhou a carreira do artista, por várias vezes escalado para viver um personagem de prefeito de alguma trama.
Muitos atribuíam a coincidência às semelhanças fisionômicas e físicas com Ed Koch, prefeito de Nova York por longos anos. A popularidade máxima, por sinal, veio a interpretação do prefeito de Gotham City, no Batman (1989) de Tim Burton, estrelado ao lado de Michael Keaton, Billy Dee Williams, Kim Basinger e Jack Nicholson.
Antes de chegar a papéis de filmes conduzidos por famosos cineastas como Alan J. Pakula e Peter Yates, Lee esteve no teatro: participou recorrentemente do Festival de Teatro de Massachusetts (a partir de meados dos anos de 1960) e atou na Broadway, em peças como A maça não cai, sob a batuta de Leonard Nimoy (o Dr. Spock de Jornada nas estrelas).
Décadas antes do remake O sequestro do metrô 1 2 3, com Denzel Washington e John Travolta, Lee Wallace estrelou O sequestro do metrô (1973), ao lado dos protagonistas Robert Shaw e Walter Matthau, ainda no papel de prefeito. O papel de autoridade ainda esteve no caminho dele, em Daniel, filme de 1983.
Além de aparecer em séries como Law and Order (em 1992, ano de sua aposentadoria), o ator encabeçou Romance de outubro, ao lado de Shirley MacLaine e Kathy Bates. Já Goldie Hawn o ladeou na comédia A recruta Benjamin (1980).