O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro divulgou, na tarde desta segunda-feira (21/12) em solenidade transmitida pelo YouTube da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF, os premiados com o troféu Candango.
Na 53ª edição, a premiação foi diferente, destacando os melhores filmes das mostras Oficial e Brasília e com apenas mais algumas categorias especiais e honrosas escolhidas a critério das comissões julgadoras. Todos os filmes selecionados para as mostras Oficial e Brasília foram reconhecidos financeiramente, mesmo que não tenham recebido o Candango. Os longas com R$ 30 mil e R$ 15 mil, a depender da mostra; e curtas, com R$ 15 mil e R$ 5 mil, também de acordo com as mostras.
O grande vencedor deste ano foi o longa-metragem Por onde anda Makunaíma?, de Rodrigo Séllos, que conquistou o Candango de Melhor filme da Mostra Oficial, segundo o júri. Na categoria de curtas, o premiado foi República, de Grace Passô. Apesar de terem sido os favoritos da comissão julgadora, entre o público a premiação ficou diferente: Longe do paraíso, de Orlando Sena, foi escolhido o melhor longa-metragem; e Noite de seresta, de Muniz Filho e Sávio Fernandes, o curta-metragem.
Na Mostra Brasília, Candango: Memórias do festival, de Lino Meirelles, se sagrou o vencedor do júri popular e também do oficial entre os longas-metragens. Já entre os curtas, os jurados escolheram O outro lado, de David Murad, enquanto o público optou por premiar Eric, de Leticia Castanheira.
Celebração e homenagens
Durante a cerimônia de anúncio dos vencedores, o secretário Bartolomeu Rodrigues citou que, mesmo diante das dificuldades, o festival conseguiu cumprir a missão e ter mais uma edição histórica realizada. "Encerro esse festival ciente da importância diante de um país em que o debate sobre a cultura nunca foi tão necessário como agora. Fizemos o festival não só para cumprir o calendário de eventos de Brasília. Fizemos porque ele estava destinado a não acontecer. Nós fizemos o festival porque nos disseram que não ia dar certo. Fizemos porque aprendemos com a história do festival que ele precisa resistir. Nós fizemos o festival possível", destacou o secretário de Cultura e Economia Criativa.
Além dos premiados, a solenidade prestou uma homenagem a três figuras: o fotógrafo Luis Humberto Martins Pereira, o documentarista e curador desta edição Silvio Tendler e a atriz Nicette Bruno, que morreu no último domingo (20/12) após complicações de covid-19.
Premiados do 53º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro
Júri Oficial
Mostra Oficial
Longas-metragens
Melhor filme
Por onde anda Makunaíma?, de Rodrigo Séllos
Prêmio especial do júri
Ivan, o terríVel, de Mario Abbade
Prêmio especial de montagem
A luz de Mário Carneiro, de Betse de Paula
Curtas-metragens
Melhor filme
República, de Grace Passô
Prêmio especial do júri
A tradicional família brasileira Katu, de Rodrigo Sena
Melhor direção
A morte branca do feiticeiro negro, de Rodrigo Ribeiro
Melhores atuações
Maya e Rosana Stavis por Pausa para o café, de Tamiris Tertuliano
Melhor fotografia
Gustavo Pessoa por Inabitável, de Matheus Farias e Enock Carvalho
Melhor roteiro
Pausa para o café, de Tamiris Tertuliano
Melhor direção de arte
Cris Quaresma por Quanto pesa, de Breno Nina
Melhor montagem
Pausa para o café, de Tamiris Tertuliano
Melhor som
Anna Luísa Penna, Emilio Le Roux e Fredshon Araújo por Distopia, de Lilith Curi
Menção honrosa
Elenco de Inabitável, de Matheus Farias e Enock Carvalho
Júri Popular
Melhor filme - Mostra Oficial
Longa-metragem: Longe do paraíso de Orlando Sena
Curta-metragem: Noite de seresta de Muniz Filho e Sávio Fernandes
Melhor filme - Mostra Brasília
Longa-metragem: Candango: Memórias do festival, de Lino Meirelles
Curta-metragem: Eric, de Leticia Castanheira
Mostra Brasília
Longas-metragens
Melhor filme
Candango: Memórias do festival, de Lino Meirelles
Prêmio especial do júri
Utopia e distopia, de Jorge Bodansky
Curtas-metragens
Melhor filme
O outro lado, de David Murad
Prêmio especial do júri
Rosas do asfalto, de Daiane Cortes
Melhor direção
Eric, de Letícia Castanheira
Melhor direção de arte e edição
William Jungmann e Daniel Sena por Algoritmo, de Thiago Foresti
Prêmios especiais
Prêmio Brasil de Curtas
A morte branca do feiticeiro negro, de Rodrigo Ribeiro
Prêmio Cosme Alves Neto da Anistia Internacional
A tradicional família brasileira, de Rodrigo Sena
Prêmio da Crítica da Abracine
Curta-metragem: República, de Grace Passô
Longa-metragem: Entre nós talvez estejam multidões, de Pedro Maia de Brito e Aiano Bemfica
Prêmio Marco Antônio Guimarães
Candango: Memórias do festival, de Lino Meirelles