Giuliano Manfredini, da Legião Urbana Produções e herdeiro do cantor Renato Russo, se pronunciou, por meio de nota, após o resultado da Operação Tempo Perdido -- um desdobramento da Operação Será? --, deflagrada pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPI). A ação dos policiais localizou, na última quarta-feira (9/12), 91 fitas de gravações possivelmente inéditas de Renato Russo em depósito utilizado pela gravadora Cordovil, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
"O material encontrado será analisado, tratado, avaliado e catalogado para, posteriormente, determinar atitudes cabíveis", informou o filho do vocalista da Legião Urbana em nota divulgada à imprensa pela assessoria de imprensa dele.
Entre o material localizado pela polícia na nova operação estariam 30 versões de Faroeste caboclo, uma delas sendo um reggae, e uma música nunca lançada intitulada Helicóptero. As informações são da TV Globo.
Desdobramento da Operação Será?
A ação teve início em outubro sob o nome de Operação Será? após denúncia de Manfrendini de que empresários estariam escondendo materiais de Renato Russo. Na época, os produtores alegaram ser falsa a acusação. A nova operação busca localizar materiais do acervo do líder da Legião Urbana cujo o paradeiro seria incerto.
Ao Correio, o produtor, jornalista e pesquisador musical Marcelo Froes, alvo da primeira operação, disse ter material inédito do compositor, mas que a família teria tido acesso ao conteúdo. "Todo mundo tinha acesso ao material, todos relatórios foram apresentado para todos", afirmou. Na situação, a Polícia Civil apreendeu computador, hds e o celular do produtor.
Já Carlos Trilha, produtor musical de Renato, disse que o material deixado pelo artista já havia sido todo "espremido". “Não existem músicas inéditas. Existem letras não usadas por Renato que estariam sendo musicadas por terceiros”, destacou. Trilha não foi alvo das ações da operação.