Não foi apenas na tevê que a atriz Nicette Bruno, morta aos 87 anos em decorrência de complicações da covid-19, dividiu os holofotes com o marido, Paulo Goulart, em obras como Éramos seis (1977), A muralha (1968) e a série Aquarela do Brasil (2000). Com trama inspirada em texto de Aldir Blanc, a diretora Isabel Diegues conduziu Vila Isabel (1998), tendo o casal por protagonista.
Em 1972, no filme de Oswaldo Sampaio A marcha, produzido pelo marido, Nicette esteve no longa do qual o astro do futebol Pelé também integrou o elenco, junto com Goulart. O filme tratava de alforria e escravidão e de uma rebelião em curso, dando destaque para a figura abolicionista Chico Bondade.
Curiosamente, dois diretores nascidos na Itália avalizaram o começo da carreira em cinema de Nicette Bruno: Alberto Pieralise e Ruggero Jacobbi. O primeiro esteve à frente de Querida Suzana (1947), coprodução da Cinelândia estrelada por Anselmo Duarte e Tônia Carrero. Já em 1953, pela Companhia Vera Cruz, Jacobbi tratou de um filme com atores do quilate de Nicette, Ilka Soares e Ítalo Rossi chamado Esquina da ilusão (1953), com enredo em que um falso milionário vive escalada de mentiras.
Outro momento de brilho para Nicette veio em 2002, com o longa Seja o que Deus quiser!, estrelado por Rocco Pitanga, Marília Pêra e Marcelo Serrado, entre outros. No filme, um imbróglio envolve um rapaz enamorado por uma apresentadora de tevê. Sob direção de José Alvarenga Jr., Zoando na TV
(1999) alinhou talentos como Nicette, Angélica e Márcio Garcia.
Para além de estrelar o curta A casa das horas (2010), criado por Heraldo Cavalcanti, Nicette emprestou o talento para diretores de televisão como Jayme Monjardim (que em 2018 conduziu O avental rosa) e Jorge Fernando, cineasta ocasional de dois filmes de 2008: o curta-metragem Nada fofa e a comédia
A guerra dos Rocha.
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