Em formato on-line em decorrência da pandemia do coronavírus, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro sofreu um ataque hacker na última quarta-feira (16/12), durante a exibição via Zoom da mesa de debate Mulheres no front dedicada à discussão de cenário político e à atuação das mulheres no audiovisual.
A invasão criminosa expôs conteúdos sexistas, xenófobos e racistas em um ato de violência. Em nota, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa condenou o ataque e informou que medidas técnicas foram tomadas.
A transmissão foi interrompida e retomada minutos depois em uma sala privada. “Queria deixar claro para esses agressores que aqui nós somos mulheres no front. Eles não vão nos calar. Mas não vão mesmo”, pontou Beth Formagini, mediadora do debate que contou com a presença das cineastas Carmem Luz, Camila Freitas e Lucia Murat.
Leia a nota da Secec na íntegra:
“É com sentimento de revolta, repúdio e indignação que a curadoria e a direção do 53° Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB) condenam veementemente o ataque digital à mesa de debates “Mulheres no Front”, realizada, no dia 16 de dezembro, como uma das composições das atividades paralelas deste Festival. A invasão criminosa de hackers expôs conteúdos sexistas e racistas num ato de violência incabível.
Gestora do FBCB, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF repudia todas e quaisquer manifestações de caráter machista, racista, homofóbico, misógino, xenófobo e desrespeitoso à dignidade da cidadania.
Providências técnicas já foram tomadas para evitar que tais ações desprezíveis como a ocorrida se repitam. A mesa foi editada sem o ataque e colocada no canal do YouTube da Secec como forma de prestigiar o protagonismo de nossas cineastas”
Assista ao debate:
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