O filme brasiliense Pulsa passarinho foi selecionado para o programa de patrocínio Petrobras Cultural Para Crianças e terá a oportunidade de ser transmitido em serviços de streaming. A animação, que conta história da amizade um porco e um passarinho em uma jornada para que pássaro volte ao ninho, é a única do DF a ser contemplada no patrocínio que foi anunciado na última quarta-feira (18/11).
Ao todo, 16 filmes foram selecionados. Foram contempladas obras de oito estados mais o Distrito Federal. A seleção era para animações em curta ou média-metragem voltadas ao público infantil de até 6 anos de idade. A Petrobras investirá, ao todo, R$ 4 milhões nas produções escolhidas.
As animações foram selecionadas por uma banca que averiguou a parte técnica dos projetos, além de especialistas em primeira infância que avaliaram os roteiros dos filmes que se inscreveram no processo seletivo da Petrobras. O resultado foi uma lista diversa de histórias, técnicas de animação e culturas diferentes do Brasil.
Pulsa passarinho
O curta brasiliense é uma produção da Makoto Studio, dirigido por Ricardo Makoto. O filme é baseado na música homônima do compositor brasiliense Túlio Borges. O enredo é de um pequeno passarinho que, ainda no ovo, cai do ninho e é encontrado por um porco que passava pelo caminho. Os dois desenvolvem uma amizade na jornada de levar o passarinho com a asa quebrada de volta ao lar. “É um curta sobre solidariedade, acessibilidade, natureza, amizade e amor contextualizado para a primeira infância”, explica o diretor em entrevista ao Correio.
A ideia do filme surgiu de um projeto de parceria entre Túlio Borges e a Makoto Studios. O músico preparava 10 canções para serem lançadas com clipes de animação do estúdio, mas as duas partes entenderam que música Pulsa passarinho merecia um projeto maior. Dessa ideia surgiu um projeto de curta, que foi inscrito no Petrobras Cultural Para Crianças e conseguiu a seleção.
“É uma história bem simples e singela, mas muito ousada na parte visual”, conta Ricardo Makoto. Ele explica que o filme usa animações feitas de lã e feltro com cenário em stop-motion e personagens em 3D simulando a lã. “Todos requintes do stop-motion somado a toda a emoção do 3D”, avalia o diretor do curta-metragem.
Ricardo Makoto trabalha com animação há 15 anos, desde um pouco antes de ter o primeiro filho, e acredita que ser selecionado neste processo é uma coroação de todo o tempo investido. “Estou muito feliz, é como se fosse a cereja no topo do bolo destes 15 anos de trabalho árduo, desde quando Brasília quase não tinha mercado na área”, pontua o animador.
“Quando crio algo, penso muito que estou criando para o meu filho. Então dou o melhor de mim, sem filtros, nem nada para tentar vender”, afirma o diretor que coloca o filme como o tipo de conteúdo que ele teria apresentado pro filho, agora de 11 anos, na primeira infância.
*Estagiário sob supervisão de Adriana Izel