A banda Jovem Dionísio é um dos corriqueiros casos de fama repentina. Os jovens, que antes sonhavam em tocar para mil pessoas, viram a música Ponto de exclamação estourar por causa de um remix feito pelo Dj Vintage Culture com o duo Future Class. Agora, os meninos de Curitiba têm quatro canções que chegaram a casa de milhões de audições e aguardam o fim da pandemia para poderem viajar o Brasil tocando as próprias músicas que estão rodando todo país virtualmente.
Formada por Ber Pasquali, (vocal e guitarra), Gustavo Karam (vocal e baixo), Ber Hey (teclados) e os irmãos Gabriel “Mendão” Mendes (bateria) e Rafael “Fufo” Mendes (guitarra), a banda Jovem Dionísio toca uma música que varia entre os sons do gênero indie, pop, eletrônico e às vezes beira o hip-hop. “Dentro da banda quando a gente está construindo músicas, a gente não se limita em ‘parecer mais isso ou parecer mais aquilo’. A gente normalmente só vai criando as coisas que achamos que tá maneiro”, analisa Pasquali.
Essa variação de gêneros fez com que eles mesmos se classificassem como um pop alternativo. “Primeiramente, que eu acho o termo engraçado já, porque normalmente o que é pop não é alternativo e vice-versa. Acho que a gente é pop alternativo até pelo nosso nome, ninguém é jovem e se chama Dionísio”, brinca o vocalista.
Foi neste estilo de música autoral que, em março de 2020, lançaram Ponto de exclamação, música que mudou a trajetória da Jovem Dionísio. “O duo do Piauí, Future Class veio falar com a gente pelo Instagram. Eles falaram que gostaram muito da música e que tinham interesse de gravar um remix”, lembra Fufa. O processo durou dois meses até que o duo de Djs contou que Vintage Culture havia ouvido a música e se interessou em participar. “Foi bem do nada, mas foi muito bom”, acrescenta o guitarrista. Eles contaram que foi questão de uma semana para o lançamento do remix e a partir daí tudo mudou.
“A gente não tem uma noção palpável do que realmente está acontecendo”, afirma Mendão sobre o processo de ficarem famosos. Entre histórias de serem reconhecidos na rua e de amigos que contaram que ouviram a música deles fora de Curitiba e até fora do país, eles pontuam que a pandemia fez com que eles não entendessem exatamente o tamanho que estão por não estarem fazendo shows. “É muito louco, a gente entrou no top 50 do Paraguai no Spotify, e de Portugal também”, exalta Ber Hey.
Começo da Jovem Dionísio
A banda começou tocando covers em festas pequenas de amigos, churrascos e bares. Ainda sob o nome Huff, decidiram transformar um projeto de cinco amigos de infância que estudavam na mesma escola e tocavam de brincadeira em algo sério e profissional.
Para essa nova etapa decidiram mudar o nome, e em meio a reuniões em um bar de um senhor chamado Dionísio decidiram que o nome estava logo acima da cabeça deles: Dionísio, mas um Jovem Dionísio. “Esse bar nos inspirou bastante, inclusive, em questão de estética. Quando a gente estava começando a banda, a gente fez nossas fotos dentro do bar do Dionísio, fez vídeo de divulgação lá, usava paleta de cores da parede do bar”, pontua Karam.
A Jovem Dionísio, então, nasceu no início de 2019 com o intuito de ser a cara e a voz daqueles meninos que frequentavam um bar para se divertir em Curitiba. No entanto, agora, os jovens levam o nome do Seu Dionísio para o Brasil inteiro. “Quando começou a pandemia, a gente falava sobre a possibilidade de algum dia a gente fazer uma tour, tocar no Nordeste, tocar no Rio, ou em São Paulo. Ficávamos só divagando e brincando de o quanto seria legal fazer uma turnê”, comenta o vocalista. “De repente as coisas foram acontecendo tão rápido que hoje estamos em um cenário em que a gente já acha que dá pra fazer. Pensamos em como podemos fazer essas coisas”, acrescenta.
Os próximos passos
Por mais que o grupo tenha músicas com mais de milhões de reproduções, eles ainda não têm álbum. Os músicos fazem mistério quanto a isso, mas adiantam que tem mais por vir. “O que a gente pode adiantar é que esse ano ainda não acabou para Jovem Dionísio, em relação à música. Para o ano que vem os planos são bons, bastante coisa grande e legal”, revela Ber Pasquali. “No momento, estamos estudando como a gente vai lançar tudo que a gente quer lançar. Tem muita ideia e muita coisa pronta. Precisamos entender como fazer tudo isso acontecer de uma forma maneira”, finaliza.
“Estamos pesquisando também lugares legais que a gente pode tocar por aí, cogitando”, ressalta Mendão. Animados com um bom público que possuem em cidades pelo Brasil nos números levantados em serviço de streaming, eles estudam a melhor forma de alcançar os fãs e também grandes objetivos quando os shows voltarem a ser permitidos.
*Estagiário sob supervisão de Adriana Izel
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