Lançamento

Gal Costa regrava sucessos em projeto de duetos

Intitulado provisoriamente de 'Gal 75', o projeto comemora os 55 anos de carreira da cantora e estreia com as participações de Rodrigo Amarante e Zeca Veloso

Correio Braziliense
postado em 11/11/2020 18:47 / atualizado em 11/11/2020 18:49
 (crédito: Marcos Hermes/Divulgação.)
(crédito: Marcos Hermes/Divulgação.)

Aos 75 anos, completados em setembro, e com 55 anos de carreira, a cantora Gal Costa dá sequência às celebrações com o lançamento de dez singles que formarão o próximo álbum de estúdio da artista. O projeto é uma releitura de clássicos da trajetória de Gal ao lado de cantores de diferentes gerações, entre eles Criolo, Silva e Seu Jorge.

A partir desta sexta-feira (13/11), as faixas chegarão, sempre aos pares, às plataformas digitais. O material também será editado em formato físico - LP e CD - em fevereiro de 2021, pela Biscoito Fino.

Os primeiros dois lançamentos do trabalho, intitulado provisoriamente de Gal 75, trazem as participações do compositor e vocalista da banda Los Hermanos, Rodrigo Amarante, fazendo dueto com Gal em Avarandado, e Zeca Veloso, em Nenhuma dor. As duas faixas já estão em pre-save.

'Gal 75': Gal Costa regrava clássicos em projeto de duetos
'Gal 75': Gal Costa regrava clássicos em projeto de duetos (foto: Coringa Comunicação/Divulgação)

Amarante enviou uma “Carta pra Gal”: “Qual alegria poder trabalhar pra um ídolo como você é pra mim Gal, que privilégio! A tua voz, que é pra mim o som de um sorriso, esse mistério sem segredos que é seu jeito de cantar, onda suave que passa leve mas que traz à tona tesouros das nossas profundezas, é um presente inesgotável, uma escola, uma delícia. Você é o bambuzal que ri da tempestade, dançando, espelho das nossas belezas, o teu som a generosidade desapegada dos mestres, da natureza. Obrigado Gal, jamais poderia imaginar te servir, sou pura gratidão. Espero de coração poder um dia te dar esse abraço que sinto me dás quando te ouço”.

As canções de estreia de Gal 75 foram, originalmente, lançadas no álbum Domingo, em 1967, e são de autoria de Caetano Veloso. Na época, os dois, ainda artistas iniciantes, dividiram o protagonismo no disco de estreia, já que a gravadora ainda confia plenamente no que Gal e Caetano poderiam render. 

Por ser um material produzido em meio à pandemia do novo coronavírus, Gal 75 foi gravado em seis cidades: Rio de Janeiro, São Paulo, Lisboa, Madri, Los Angeles e Vitória.

Encontro de gerações

Além de Rodrigo Amarante e Zeca Veloso, participam do projeto: Criolo, Rubel, Seu Jorge, Silva, Tim Bernardes, Zé Ibarra, o português António Zambujo e o uruguaio Jorge Drexler. A proposta era manter por perto os jovens artistas que já faziam parte do universo musical da cantora.

Tanto Rubel quando Silva tinham cantado ao lado de Gal este ano em apresentações do show A pele do futuro, feitas antes do período de isolamento e distanciamento social, no Rio de Janeiro e em Salvador, respectivamente. Além disso, houve o lançamento em julho do single Baby com Rubel. Outros nomes, como Tim Bernardes, Criolo e Zeca Veloso, tiveram composições gravadas por Gal em álbuns de estúdio mais recentes.

A percepção da cantora sobre o consumo de músicas brasileiras durante o período de isolamento também contribuiu para o surgimento do projeto. Em um telefonema, Gal comentou com Marcus Preto, diretor artístico do projeto, com quem trabalha desde 2013, que sentia que os jovens estavam ouvindo mais a música da sua geração do que antes da quarentena. Preto confirmou a impressão de Gal com dados: o consumo de música “de catálogo” de fato aumentou durante esse período.

Como não era possível, diante do contexto, produzir um álbum de inéditas, nasceu a proposta do Gal 75, com a releitura de clássicos da artista. 

 

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