A cantora Vanusa morreu na manhã deste domingo (8/11), aos 73 anos, em uma casa de repouso em Santos, no litoral de São Paulo, onde morava há mais de dois anos. Informações obtidas pelo G1 Santos e Região indicam que a causa da morte teria sido por insuficiência respiratória.
Recentemente a cantora havia recebido alta médica após 32 dias de internação. À época, a artista teria dado entrada no Complexo Hospitalar dos Estivadores, também em Santos, com um quadro grave de pneumonia.
Por volta das 5h30 desta manhã, contudo, um enfermeiro percebeu que ela estava sem batimentos cardíacos. Uma equipe da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) foi acionada e constatou insuficiência respiratória como a causa da morte.
Visita da filha
Neste último sábado (7/11), a cantora teve um dia muito feliz com a visita da filha mais velha, Amanda. Funcionários disseram ao G1 que ela cantou, brincou, riu e se alimentou bem.
De acordo com a assessoria de imprensa da cantora, o filho Rafael Vannucci está viajando para a região para tratar dos trâmites do enterro. Mais informações serão repassadas ainda no fim deste domingo.
Sobre a artista
Vanusa Santos Flores nasceu em 22 de setembro de 1947 na cidade de Cruzeiro (SP), mas foi criada em Uberaba (MG).
Com mais de 20 discos lançados ao longo da carreira, e mais de três milhões de cópias vendidas, a cantora flutuou entre gêneros como rock, funk americano e samba.
Quando adolescente, aos 16 anos, entrou no meio artístico como crooner da banda Golden Lions. Em 1966, fez sucesso com a canção Pra nunca mais chorar e passou a ser apresentadora na TV Excelsior. Na mesma época, participou das últimas edições do programa da Jovem Guarda. Pouco depois, se juntou ao elenco do programa humorístico Adoráveis trapalhões, com Renato Aragão. E gravou o primeiro álbum em 1968, com o nome Vanusa, estreando, ainda, como compositora em três canções.
Nos anos 1970, emendou sucessos como Manhãs de setembro, que escreveu em parceria com Mário Campanha, e baladas como Sonhos de um palhaço, de Antonio Marcos e Sérgio Sá, e Paralelas, de Belchior. Em 1972 lançou Coração americano, escrita com Fagner.
Logo após, em 1975, o disco Amigos novos e antigos, considerado um dos melhores álbuns da artista, foi lançado. Na mesma década, ainda esteve no elenco de montagem do musical Hair.
Em 1977, lançou com o cantor Ronnie Von o LP Cinderela 77, para a TV Tupi. Nas décadas seguintes, manteve a carreira ativa com o lançamento de discos e participações em diversos festivais de música no país e no exterior, como Uruguai, Coreia do Sul e Chile.
A vida da artista também foi relatada em uma autobiografia intitulada Ninguém é mulher impunemente, além do monólogo musical Ninguém é loura por acaso, que estreou no teatro em 1999.
Após anos de ostracismo ganhou notoriedade na internet em 2009 após um vídeo da apresentação dela cantando o Hino Nacional na Assembleia Legislativa de São Paulo viralizar.
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