A nova série da Netflix, Emily em Paris, protagonizado por Lili Collins, estreou na última sexta-feira (2/10). No Brasil, a produção alcançou o primeiro lugar entre os mais vistos da plataforma, mas logo na França, onde se passa a história, não teve a mesma receptividade.
Segundo a imprensa francesa, a série traz uma representação da cidade e dos cidadãos parisienses com o olhar carregado de estereótipos clichês, da maneira que Hollywood enxerga, que é diferente da realidade.
A história, desenvolvida por Darren Star, fala sobre uma jovem norte-americana, Emily, que vai trabalhar em uma empresa de marketing, em Paris, mesmo sem saber falar francês.
A revista Première aponta que a série é carregada de clichês fora da realidade. "Aprendemos que os franceses são 'todos maus' (sim, sim), que são preguiçosos e nunca chegam ao escritório antes do final da manhã, que são paqueradores incorrigíveis, que não estão realmente apegados ao conceito de lealdade, que são sexistas e retrógrados e, claro, que têm uma relação duvidosa com o chuveiro. Sim, nenhum clichê é poupado, nem mesmo os mais fracos", criticaram.
O site Sens Critique também não poupou críticas à série da Netflix. "Os roteiristas devem ter cogitado por dois ou três minutos enfiar uma baguete debaixo [do braço] de cada francês, ou mesmo uma boina para distingui-los claramente, por outro lado, todos fumam cigarros e paqueram até a morte", ironizou.
Já a rádio RTL, lamentou que esta seja mais uma produção de Hollywood que se apoia em mentiras sobre Paris. "Raramente tínhamos visto tantos clichês sobre a capital francesa desde os episódios parisienses de 'Gossip Girl' [série americana de 2007] ou do final de 'O Diabo Veste Prada [filme de 2006]', disseram.
Apesar das críticas, no Brasil o público ficou apaixonado pela história e pela atuação de Lili Collins. Veja:
*Estagiária sob supervisão do subeditor Daniel Seabra