A cantora Paula Toller, que recentemente completou 58 anos, participou de uma live-entrevista com o jornalista e historiador Rodrigo Faour pelo Instagram, na última sexta-feira (2/10). No bate-papo, a cantora falou sobre os tempos de Kid Abelha -- o grupo iniciado na década de 1980 chegou ao fim em 2016 -- dizendo que nem tudo foram flores. Ela lembrou que foi bastante criticada no início da carreira, tendo que lutar, por quase quatro décadas, contra a fama de antipática, de difícil, além de questionamentos sobre o talento como cantora e compositora.
“Hoje em dia falam muito de cancelamento, mas eu sou cancelada pela crítica há décadas. Estou acostumada. Era um massacre, um bullying”, disse a cantora, que afirmou que na época estava aprendendo com erros e acertos.
Sobre o fim do trio com George Israel e Bruno Fortunato, a artista afirmou que a experiência com o grupo “é uma coisa que só foi boa", e acrescentou: "Acabou porque tinha que acabar.Tem uma hora que os personagens não cabem mais em você. Sinceramente tive muita sorte de fazer sucesso muito cedo, de fazer um grande sucesso muito cedo. Estou falando de coração. Só tenho boas lembranças. Tudo de bom que tenho na vida foi a música que me deu. Até o Lui ", reforçou a cantora, citando também o marido. Para ela, não é nenhum tabu falar sobre o grupo.
Sobre a carreira atual, a cantora disse que não abre mão da música e que é o que sempre quis fazer. "Tenho um lugar no mercado. É claro que tem uma geração que não me conhece muito bem, mas sinto que meu trabalho passa pelas gerações e as pessoas vão tendo curiosidade. Tenho uma carreira sólida".
O último lançamento de Paula Toller foi um single chamado Essa noite sem fim, lançada nas plataformas digitais em outubro de 2019. Além disso, a cantora disponibilizou por completo no YouTube, o primeiro álbum ao vivo: Nosso, gravado em 2008 no Teatro Oi Casa Grande, na cidade do Rio de Janeiro.