Uma das mais radiofônicas bandas dos anos 2000 e 2010, o McFly está de volta e prepara um retorno triunfal para coroar os 10 anos de espera dos fãs por material novo. Os britânicos lançaram Tonight is the night, terceiro single do Young dumb thrills, primeiro trabalho de estúdio da banda desde 2010 que será lançado em 13 de novembro.
“McFly tá on”, brinca Dougie Poynter, baixista da banda, em entrevista ao Correio. Ele descobriu a frase “o pai tá on” recentemente jogando on-line com fãs brasileiros. O músico pediu uma explicação em meio a várias repetições do meme brasileiro criado por Neymar. Quando entendeu o significado e compartilhou com os integrantes da banda, Tom Fletcher, vocalista, confirmou: “Nós realmente, agora, estamos muito on”.
O que também está on-line é o single Tonight is the night, música poderosa com sentimento de fim de show lançada nesta quinta-feira (1/10). “Definitivamente, ela parece uma música que estará no final das nossas setlists”, comenta Fletcher sobre o ritmo. “O que eu gosto dela é porque fala de coisas um tanto quanto negativas, mas se torna sobre usar esses sentimentos da forma mais positiva possível. São mensagens sobre aproveitar o momento e transformar os próprios obstáculos em algo que te motiva a fazer algo grande, é uma canção triunfante”, completa.
O McFly havia lançado outras duas músicas, Happiness e Growing up, em julho e setembro respectivamente. Ao lado de Tonight is the night, as três composições são muito distintas e deixam em aberto qual vai ser exatamente a cara do novo disco. “É uma mistura , todos os nossos álbuns são bem diversos com combinações de estilos, definitivamente soa como Mcfly”, explica o vocalista sobre a musicalidade do Young dumb thrills.
Mas não só de agradar aos fãs vive a banda, Fletcher, Poynter, Danny Jones e Harry Judd também têm aproveitado o processo para reviver o reencontro dos amigos que tocam juntos desde o início dos anos 2000. “Gravar esse álbum foi um dos momentos mais divertidos que já tive na vida”, lembra Poynter. O baixista assume que gosta de ser criativo sozinho, mas prefere ao lado dos colegas de McFly. “Estar nesta banda é um sentimento contínuo de animação e satisfação criativa”, elogia o artista.
De volta ao Brasil
“É diferente de qualquer outro público, a relação que a banda tem com os brasileiros. É muito intensa e apaixonada. Subir no palco no Brasil é uma sensação inacreditável. Me faz me sentir incrível”, ressalta o vocalista. A banda veio pela última vez ao país em setembro de 2012 e se diz animada para voltar. “Nós precisamos desses oito anos para nos recuperarmos destes últimos shows que fizemos no Brasil”, brinca Fletcher.
E os fãs podem se preparar que o reencontro será em 2021. Após uma série de adiamentos, a banda confirmou que vem no ano que vem, mas ainda não fechou datas. “Qualquer pessoa que já foi para um show nosso sabe mais ou menos o que esperar”, afirma Fletcher, mas pontua que no Brasil será uma sensação especial. “O que torna o Brasil tão especial é que a energia que a galera dá faz com que a gente tenha que dar mais. A atmosfera do público alimenta a performance e eu acho que é por isso que temos tantos shows inesquecíveis por aí, você realmente tem que dar tudo, sair do palco exausto” continua, alegando que o público brasileiro pode manter as expectativas altas.
“Começar no Brasil ia ser o melhor início para o nosso retorno como banda”, exalta Dougie Poynter. “O fato de nós não termos ido ao Brasil nos últimos oito anos vai resultar em shows com muito esforço e energia”, acrescenta Fletcher sobre o retorno aos palcos brasileiros.
Crescendo com alegria
Assim como os dois primeiros singles falam nos títulos, o McFly cresceu e amadureceu, mas sem deixar de lado o jeito alegre que o fez se divertir no início da carreira. “A vida em volta de você muda, você cresce, se casa, tem filhos e você muda com todas essas coisas fora da banda. No entanto, quando eu subo no palco com a banda eu me sinto igual a última vez que estivemos no Brasil, ou de quando nós tínhamos 18 anos e tocamos juntos”, conta o cantor e frontman da banda. “ Estando em banda você não precisa necessariamente envelhecer”, finaliza o vocalista.
“Growing up é literalmente sobre isso que o Tom falou. Quando você sobe no palco, você não precisa mais ser um cara de 32 anos, você fica dentro desta cápsula do tempo”, afirmou o baixista Poynter, que prometeu um retorno com o mesmo bom humor dos memes que aprende nos jogos on-line, como "o pai tá on".
*Estagiário sob a supervisão de Roberta Pinheiro