A volta do cinema nacional será apostando num formato que já rendeu milhões em bilheterias anteriormente: uma adaptação de um espetáculo teatral. Depois de Minha mãe é uma peça, de Paulo Gustavo, e Os homens são de Marte..., de Mônica Martelli, agora é a vez de Suzana Pires trazer dos palcos De perto ela não é normal.
A ideia de transformar a montagem em formato audiovisual veio depois da websérie feita em 2014 no Gshow com looks do dia de Tia Suely, uma das personagens chave da narrativa. “Deu muito certo e vi a possibilidade desses personagens formarem um corpo no audiovisual. Fiz a proposta para a Globo de fazer o roteiro baseado na minha peça”, conta Suzana Pires, uma das roteiristas do filme dirigido por Cininha de Paula.
No longa, Suzana dá vida a três personagens Suzie, Neide e Tia Suely. A história toma corpo a partir do encontro entre Suzie e Tia Suely. A primeira, uma mulher estagnada no casamento com o preguiçoso Pedrinho (Marcelo Serrado). Já a segunda, uma mulher livre e decidida. Desse encontro, Suzie encontra forças para viver novos sonhos. “Faço essa história há 15 anos e se mantém muito atual. Como é possível chegar lá? É um questionamento, principalmente, para as mulheres. Tem o casamento, a faculdade, a espiritualidade... Não fomos preparadas a trilhar esse caminho. Estamos começando a ter a independência de forma real e o filme fala disso com muito bom humor e um final emocionante”, explica a atriz.
Diferentemente do monólogo, em que Suzana faz todas as personagens, no filme há espaço para outros atores e atrizes, como Angélica, Ivete Sangalo, Samantha Schmütz, Henri Castelli, Heloísa Perisse, Gaby Amarantos, Isak DaHora, Marcos Caruso e Ricardo Pereira.
Além de ser inovador pelo lançamento multiplataforma, De perto ela não é normal também será o primeiro filme brasileiro a ter a cláusula de inclusão para mulheres, negros e LGTQI+, defendida pela atriz norte-americana Frances McDormand. “Pra mim, a inclusão é fundamental. É como respirar, sempre foi. Nunca entendi esse negócio das pessoas dizerem que não encontram profissionais negros, indígenas, mulheres, trans. Temos muitos e talentosos. Trabalhar a inclusão é quebrar padrões de mercado. Nossa trilha é toda feita por mulheres, trouxemos a Gaby Amarantos para fazer a personagem mais poderosa do filme, que é quem dá emprego para a Suzie”, revela.
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