Com o maior prestígio dentro da língua portuguesa, o Prêmio Camões anunciou, nesta terça-feira (27/10), que o ganhador de 2020 é o professor e ensaísta português Vítor Aguiar e Silva. O sucessor de Chico Buarque, vencedor de 2019, é um dos autores signatários da Petição em Defesa da Língua Portuguesa Contra o Acordo Ortográfico, manifesto on-line contra o novo acordo de 1990, que visa unificar a língua portuguesa entre os países.
Vítor Aguiar e Silva, nascido em 1939, tem em trajetória acadêmica os estudos voltados para teoria da literatura e da literatura portuguesa do Barroco e do Modernismo, movimentos artísticos. Nesta terça (27), a ministra da Cultura de Portugal, Graça Fonseca, anunciou o nome do professor como vencedor também pelos estudos feitos sobre o próprio Camões.
Criado, oficialmente, em 1988 pelos governos do Brasil e de Portugal, o Prêmio Camões é atribuído a uma personalidade que tenha contribuído para o enriquecimento e excelência da língua portuguesa. Quem fica em primeiro lugar recebe 100 mil euros, valor dividido entre os países fundadores.
Outras edições do Prêmio Camões
Embora tenha Brasil e Portugal em destaque, a cada ano os escolhidos devem ser de países que tenham a língua portuguesa como oficial do território. Neste sentido, José Craveirinha e Mia Couto (Moçambique), Pepetela e José Luandino Vieira (Angola), e Arménio Vieira e Germano Almeida (Cabo Verde) são vencedores do prêmio em edições anteriores.
Com a primeira edição realizada em 1989, o Brasil tem representantes que marcaram a lista dos vencedores, além de Chico Buarque. São eles: João Cabral de Melo Neto (1990), Rachel de Queiroz (1993), Jorge Amado (1994), Antonio Candido (1998), Autran Dourado (2000), Rubem Fonseca (2003), Lygia Fagundes Telles (2005), João Ubaldo Ribeiro (2008), Ferreira Gullar (2010), Dalton Trevisan (2012) e Alberto da Costa e Silva (2014) e Raduan Nassar (2016).
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