A instituição Mediato foi selecionada para ocupar o espaço do Complexo Cultural de Planaltina. A iniciativa foi uma das inscritas no edital FAC-Ocupação 02/2019, feito pela Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (Secec). O projeto poderá utilizar as instalações do complexo de outubro a dezembro para colocar em prática a ideia de transmitir conhecimentos sobre teatro a um novo público de estudantes de escolas públicas por meio de metodologias de arte-educação.
O projeto terá oito encontros virtuais de duas horas e dois espetáculos em formato live seguidos de debates. A Mediato busca sensibilizar 1.620 alunos da rede pública num processo de explicação de como funciona um espetáculo teatral. A intenção da iniciativa é que os estudantes entendam o teatro como um espaço próprio e se tornem público de espetáculos teatrais. Também estão previstas atividades formativas de arte-educação para professores.
Ao fim da parte pedagógica, que contará com o auxílio de materiais didáticos distribuídos aos alunos participantes do projeto, a peça Iara o Encanto das Águas, do grupo local Lumiato Teatro De Formas Animadas, será apresentada em duas sessões em formato live. Haverá um espaço para debate entre espectadores e artistas por meio de perguntas no chat. A Mediato fará a mediação das discussões.
A seleção do edital já havia sido assinada em março de 2020, no Termo de Ajuste nº 130/2020, mas com os desdobramento da pandemia e as regulamentações de distanciamento e isolamento social, o projeto teve de ser reinscrito e readmitido no início de outubro deste mesmo ano.
A Mediato é uma instituição criada por Arlene von Sohsten e Luênia Guedes, especialistas em mediação. O grupo faz projetos para o uso de metodologias inovadoras para formar público interessado na experiência com a arte. As duas arte-educadoras são precursoras neste tipo de iniciativa na região Centro-Oeste. A mediação muito utilizada na França, mas ainda pouco difundida no Brasil.
O chamamento público que a Mediato participou visava a ocupação de espaços e equipamentos públicos para atividades culturais. Estavam inseridos nesta lista locais como os Complexos Culturais de Planaltina e Samambaia, Espaço Cultural Renato Russo, Museu Nacional, a Rede de Bibliotecas Públicas do DF, Casa do Cantador, entre outros locais de finalidade cultural do Distrito Federal. Ao todo, foram investidos R$ 7,7 milhões em 106 projetos de ocupação inscritos.
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