A SIM São Paulo divulgou, na sexta-feira (16/10), os 44 artistas selecionados para fazerem parte da programação de showcases da Semana Internacional de Música. Entre os artistas estão representantes de 12 países. No Brasil, foram contemplados 14 estados. A feira, dedicada aos negócios da música na América Latina, chega a 8ª edição e terá novo formato on-line e com mais de 30 dias de duração. O evento será realizado entre 3 de novembro e 6 de dezembro. A programação contará com o show do brasiliense JLZ.
A Conferência SIM 2020 é parte da nova plataforma de conexão e conteúdo da SIM, que contempla também um portal com notícias diárias e uma rede social para profissionais da indústria musical, a SIM Community. A convenção conta 70 painéis, entre palestras, debates, workshops e meetups com convidados de diversos países discutindo o cenário atual, tendências e possíveis soluções, além de cerca de 300 showcases de artistas do mundo todo. A agenda da conferência é baseada no tema "Música viva!", com quatro pilares: inovação, informação, conexão e motivação.
Seletiva e showcases da SIM São Paulo
Para os showcases oficiais, a SIM abriu inscrição durante todo o mês de setembro para bandas interessadas em performar. Ao todo, foram 1086 inscrições de grupos e artistas de diversos estados brasileiros e países. Todos os inscritos tiveram os materiais avaliados pelo Conselho Consultivo da SIM, composto por 40 profissionais do Brasil, entre curadores, produtores, jornalistas, empresários, diretores artísticos e criativos, responsáveis pela seleção dos candidatos por meio de votação.
Entre 44 escolhidos, 13 são bandas internacionais (do Equador, Portugal, Uruguai, Canadá, Noruega, Espanha, México, Cuba, Argentina, Chile e Paraguai); e 31 nacionais (de São Paulo, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Acre, Paraíba, Bahia e Sergipe).
“As vagas disponíveis para os showcases oficiais nunca são suficientes para contemplar a quantidade de propostas inovadoras que a SIM recebe todos os anos. Nesta edição, por ser digital, resolvemos aproveitar e incluir mais quatro, além das 40 a mais que acrescentamos de 2019 para 2020. Tentamos montar um line-up o mais diverso possível, com diferentes estilos e formações musicais e que se encontram em diferentes etapas de carreira. Cada artista que se inscreve tem uma expectativa no evento: alguns querem formar público, criar uma equipe ou fazer negócios no Brasil; outros querem exportar conteúdo", comenta a diretora do evento, Fabiana Batistela, por meio de nota.
As apresentações ocorrem durante 2, 3, 4 e 5 de dezembro, das 14h às 20h, dentro da programação do evento, transmitida pelo portal da SIM. Cada artista poderá transmitir o show diretamente da própria cidade ou direto do Blue Note, casa parceira da SIM São Paulo 2020. Todos deverão seguir rigorosamente os protocolos de segurança de cada local.
Confira os 44 artistas selecionados da SIM São Paulo 2020
Nacionais
A Transe (ES): Duo de folk tropical e pop psicodélico formado por Francesca Pera e Fernando Zorzal. Em outubro de 2019, lançou o primeiro álbum Hora dourada, que narra as paixões vividas na gestação, nascimento e puerpério, produção musical em conjunto com Gabriela Terra (My Magical Glowing Lens).
Manoel Cordeiro e Sonora Amazônica (PA): Da ilha do Marajó (PA), atua como produtor musical e arranjador na Amazônia desde 1979, gravando centenas de discos, sendo pioneiro em ritmos como a lambada e o brega. Gravou com Banda Carrapicho (AM), Beto Barbosa, Alipio Martins, Warilou e Fafá de Belém (PA).
Black Mantra (SP): Big band de funk e soul paulistana formada em 2014 com dois discos lançados em 2017 e 2020 com produção de BNegão. De lá pra cá, a banda circula entre as noites e festivais trabalhando com repertórios autorais e convidando nomes de peso.
Lello Bezerra (PE): Compositor, improvisador, cientista sonoro e artista educador. Em Desde até então, o primeiro álbum solo, Lello desenvolve um trabalho que permite novas linguagens e texturas por meio de guitarras processadas por geradores de sub grave, graves, loops e outros.
Dingo Bells (RS): Banda de indie pop da cena musical brasileira independente. Tocou no Festival Lollapalooza em 2016, abriu para Maroon 5 (2016), Ringo Starr e Television (2011). Também tocou no Japão em 2013. O grupo lançou dois EPs, nove vídeos e dois álbuns.
JLZ (DF): Dedica a carreira como produtor musical ao afrobeat e a uma gama de sons percussivos que compõem o portfólio, tendo trabalhado com Linn da Quebrada, Baco Exu do Blues, Luedji Luna e ÀTTØØXXÁ. A qualidade do som já conquistou festas como Arrastão, Boiler Room e SUDAKA.
Amanda Magalhães (SP): A cantora, compositora, pianista e produtora musical Amanda Magalhães também é atriz na série nacional 3% da Netflix. Em 2020, lançou Fragma, o álbum de estreia que une a música soul negra brasileira às influências norte-americanas, com participações especiais de Seu Jorge e Liniker.
Marissol Mwaba (SC): Mulher preta LGBTQIA+, a cantora, compositora e multi-instrumentista brasileira de origem congolesa tem 9anos de carreira. Já lançou dois álbuns e gravou discos de artistas como Chico César, Emicida, Rincon Sapiência e lançou um single em parceria com Fióti e Rael.
Elana Dara (PR): Multi-instrumentista, ilustradora, compositora e dona de uma voz potente, com apenas 20 anos é considerada uma das grandes novas apostas da música brasileira. Acompanhada do violão, Elana lançou três singles, com menos de 2 anos de carreira.
ROSABEGE (RJ): Banda de pop eletrônico formada em Niterói. Em 2019, lançou o álbum de estreia, acompanhado de um curta-metragem, IMAGEM. Nesse mesmo ano, realizou uma turnê por várias cidades, como São Paulo, Belo Horizonte, Uberaba e Rio de Janeiro, quando se apresentou no Circo Voador, abrindo o show da cantora Céu.
Moons (MG): Formado em 2016, o sexteto mineiro Moons vem se destacando na cena autoral nacional e começando a traçar um caminho internacional. Tem três discos lançados no Brasil. Os dois mais recentes Thinking out loud e Dreaming fully awake foram divulgados também no Japão e Europa.
Oh César (AC): Dança romanticamente entre os contrapontos do amor, dos vícios, das perdas e da redenção. Bebendo das fontes de Cohen, Gainsbourg, Ferry, Lynch, Jarmusch, ao vivo, ele canta e toca synth e guitarra acompanhando de um sample ou gravador de rolo.
Nic Dias (PA): Rapper e ativista, iniciou a trajetória em 2017. As músicas abordam o protagonismo da mulher negra e indígena, trazendo nas canções a lírica nortista periférica, cantando sobre as próprias experiências com o racismo e sexismo e também sobre os sonhos e conquistas.
ÀIYÉ (RJ): Baterista, compositora e produtora, em 2020, lançou Gratitrevas pela Balaclava Records. Um registro íntimo e político gravado entre Portugal e Brasil, cujo show já passou por Lisboa, Nova York, SP, RJ, Bahia e MG.
Nath Rodrigues (MG): Multi-instrumentista, cantora, compositora e investigadora das artes cênicas. A artista dedica o trabalho à canção, à música instrumental brasileira e à pesquisa das relações com o corpo em cena.
Os Fulano (PB): Formado por Lucas, Thiago, Betinho e Jader. Juntos, apresentam a essência da cultura popular nordestina com música e poesia, convidando todos pra dançar. Reconhecido como a revelação do forró pé de serra, já realizou três turnês nacionais com shows nas principais casas do gênero.
Hiran (BA): Jovem rapper, cantor e compositor baiano, assumidamente gay, que acaba de lançar o segundo disco Galinheiro. Apadrinhado por Caetano Veloso, Hiran já dividiu palco com gigantes e vem levando o nome da cidade, Alagoinhas, para o Brasil.
Mahal Pita (BA): Produtor musical e artista transmídia, foi colaborador da BaianaSystem e atualmente dedica-se a projetos solo. Os trabalhos têm ampliado discussões sobre novas possibilidades de cruzamento entre entretenimento, arte e política a partir da ressignificação de elementos da cultura afro-brasileira.
Léo da Bodega (PE): Filho de Olinda, nascido no sítio histórico da cidade, vem desenvolvendo um trabalho que sintetiza o rap e a cultura pernambucana. Durante a pandemia lançou com expressivo destaque nos dois primeiros singles, Lareira e Anjo, agora está prestes a lançar a primeira mixtape.
Sandyalê (SE): Cantora e compositora de Aracaju, em Sergipe. Em outubro de 2019, lançou o segundo disco, Árvore estranha, produzido por Dudu Prudente e que apresenta uma atmosfera new wave, baseada em baterias eletrônicas, sintetizadores e samples.
Marcola Bituca (BA): Artista baiano Marcola Bituca disponibilizou em junho de 2020, novo disco com influências do pagodão Golden Era. Os últimos filhos de Sião conta com participações de Rincon Sapiência, McDo vocalista da banda Afrocidade, Caboclo de Cobre e da rapper Cristal.
Madeira Mathula (SP): Banda de música afro brasileira, enraizada na ancestralidade e na valorização dos saberes do povo. Formada em 2018 é composta por seis musicistas, pesquisadoras e pesquisadores da cultura popular brasileira com os ritmos, danças, festas, tradições e expressões a força e a resistência do povo negro.
Jasper e a Gana (SP): Banda de rock alternativo de Itatiba (SP) guiada pela narrativa negra trans não binária de Jasper Okan, junto a Ramone, no baixo; Léo Barboza, na bateria; e Bruno Ferranti, na guitarra, em uma jornada de afetividade e autoconhecimento.
Souto MC (SP): Em 2018, Souto ganhou o troféu de melhor MC no 4º Prêmio Sabotage e foi uma das 50 selecionadas no edital Natura Musical para fazer o primeiro álbum intitulado Ritual. Ainda em 2018 trabalhou com Emicida e Laboratório Fantasma na faixa Selvagem. Em 2019, lançou o primeiro álbum da carreira.
Gali Galó (SP): É expoente do queernejo. Lançou dois singles Fluxo (mulher do futuro) e Caminhoneira com mais de 80 mil plays. Após cinco anos de hiato pesquisando sobre a nova persona artística, Gali Galó lança o primeiro trabalho assumindo as raízes caipiras e a identidade não binária.
Nill (SP): Rapper e compositor com 10 anos de trajetória e cinco trabalhos independentes consolidados na carreira solo: NEGRAXA (2016), Regina (2017), Good smell (2018), Lógos (2019), e Good smell Vol. 2 (2020). Além de compositor e MC, Nill ainda produz bases com no alter ego denominado O adotado.
François Muleka (SP): Multiartista, François Muleka expressa a singularidade de um estilo costurado por africanidades ancestrais, a tradição da música brasileira e o que ele denomina “futurismo primitivo”. Lançou quatro CDs, dois EPs e participou do CD de Luedji Luna , Chico César, Marissol Mwaba, entre outros.
Marabu (SP): MC e compositor, nascido e criado no Capão Redondo, zona sul de São Paulo. No repertório, o artista propõe perspectivas autênticas para a cena do funk paulista, reunindo referências musicais que vão da música dos terreiros ao samba rock de artistas como Jorge Ben e Branca Di Neve.
Rafaeu (SP): Vindo do extremo leste de São Paulo trazendo composições e sonoridades fluidas, orgânicas e cruas. No repertório, ilustra algumas dores e alegrias de ser uma pessoa preta e colorida numa cidade cinza. Rafaeu compõe, arranja, canta, performa e ocupa os centros trazendo a própria história, taí o ATO.
Tinna Rios (SP): Tinna Rios começou cantando na igreja e foi para o meio secular onde fazia backing vocal para grupos de rap. Em 2017, lançou o primeiro single Wake up que conta com mais de 70 mil streams e segue amadurecendo o trabalho,a prova disse é o último lançamento: Mi corazón.
Ma Boo (SP): Mariana Teodoro Hilário, popularmente conhecida como Ma Boo, é cantora, compositora, MC, e educadora social, nasceu em 1993 na cidade de Jundiaí, interior de São Paulo. Foi por meio das rodas de samba, batalhas de rap, bailes black, funk e soundsystem, que a artista fez escola, sendo hoje reconhecida.
Internacionais
Ricardo Pita (Equador): Com tours pelo Chile, Uruguai, Peru, Colômbia, França, Espanha, Argentina e Brasil, Ricardo Pita dividiu o palco com Jorge Drexler, Luis Alberto Spinetta, Babasónicos, Monsieur Periné, entre outros. Foi convidado no festival internacional Trova, em Yucatán, ao lado de Caetano Veloso e Natalialafourcade.
Aníbal Zola (Portugal): Pseudónimo para José Aníbal Beirão, músico do Porto, Portugal contrabaixista de formação, cantador por paixão. É um projeto baseado no contrabaixo e na voz. As composições tentam fundir a música sul-americana com elementos musicais portugueses como o fado ou a música tradicional.
Milongas Extremas (Uruguai): Quarteto de guitarras e vozes com espírito rock, caráter musical único e uma atitude de palco que expõe o extremo das milongas.
Travis James (Canadá): Cantor e compositor de indie. Tem como principais inspirações Bob Dylan, Bruce Springsteen, John Mayer e Alec Benjamin, refletindo nas composições intensas e solos marcantes. O último lançamento foi o single End of the world, que revela a luta por melhorias em tempos difíceis.
Juno (Noruega): Kovem banda composta por cinco músicos que se conheceram na prestigiosa Academia de Jazz de Trondheim, na Noruega. As músicas pop cativantes combinam ritmos, groove complexos, rap e improvisação experimental. Todos esses elementos resultam em uma performance ao vivo emocionante e enérgica.
Salazar (Espanha): A voz de Bego Salazar, telúrica e cheia de “quejíos”, retorce as entranhas de terra velha. O piano neo-romântico, com um espectro inesperado entre o vanguardismo eléctrico e o arte sonoro. Um discurso contundente, Salazar é raiva que te dá força, que deslumbra luzes e sombras, que mexe a alma.
Anan (México): Projeto solo da artista multidisciplinar mexicana Natalia Gómez, no qual, passando pelo art pop e pela eletrônica, traz o próprio gênero musical utilizando batidas eletrônicas, looping de voz e sintetizadores, além de uma variedade de instrumentos acústicos.
La Dame Blanche (Cuba): Projeto da cantora e flautista cubana Yaite Ramos, herdeira do oratório da rumba afro-cubana, graças à influência musical do pai, diretor artístico do Buena Vista Social Club. A música é uma mistura explosiva de hip hop, dancehall, reggae e sons latino-americanos.
Lxs Familia (Argentina): A banda começou a partir de 2016, tocando em vários festivais e locais de renome (Cosquin Rock, Baradero Rock, Ciudad Emergente, Provincia Emergente, La Bienal, Nueva Generacion, Groove, Matienzo, Niceto Club), capitais e no exterior, por exemplo em Corrientes, San Luis, La Plata, Córdoba.
El Remolón (Argentina): Músico e produtor independente argentino, com mais de 10 anos no cenário da música eletrônica orgânica latino-americana. Pioneiro do movimento da cumbia eletrônica junto ao selo Zzk Records, hoje dirige o selo Fértil Discos, com sede em Buenos Aires.
Frank’s White Canvas (Chile): Dupla feminina de Pop Rock de Santiago do Chile, que, na curta trajetória, já se apresentou em palcos do Mad Cool Festival na España e no Lollapalooza do Chile. Além disso, a dupla tem compartilhado as canções em turnês pelos EUA, Europa e em Chile.
Invernadeiro (Chile): Trio de rock nascido em Temuco em 2013. Mistura sons psicodélicos e progressivos, mudanças repentinas de ritmo e uma proposta ao vivo potente e visualmente estimulante. Tem dois álbuns, o homônimo de 2015 e Entropía de 2019, com colaboração do produtor Jack Endino.
Juanjo Corbalán Cuarteto (Paraguai): Paraguaio, harpista e compositor. Atualmente coleta e recupera sons da música popular paraguaia combinando elementos de ritmos paraguaios tradicionais, americanos latino-americanos e influências de linguagem histórica em música popular paraguaia, incorporando as influências históricas da língua latino-americana, incorporadas nos músicos históricos.
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