O cantor Tim Bernardes atravessou fronteiras e emprestou a voz para a banda de Seattle, nos Estados Unidos, Fleet Foxes. O co-fundador d’O Terno canta um trecho, em português, na doce Going-to-the-Sun Road, a 13ª faixa do novo disco Shore, lançado na última terça-feira (22/8).
Por mais que Fleet Foxes seja uma banda, quem majoritariamente está por trás das músicas é Robin Pecknold, cantor e guitarrista do grupo. A parceria com Bernardes começou a partir de conversas no Instagram. “Mais recentemente, no ano passado, seguindo o Robin Pecknold no Instagram, a gente começou a trocar mensagens, um responder ao outro. Fui descobrir que ele gostava do Recomeçar, meu solo, e do atrás/além, d'O Terno”, explicou Tim para o portal Popload.
O cantor falou que Pecknold estava numa fase em que ouvia muita música brasileira e, ao mesmo tempo, no processo de criação do álbum. O guitarrista então juntou o útil ao agradável e convidou o paulista para gravar um trecho que sairia no disco. Ouvindo uma prévia das músicas, Tim se interessou por Going-to-the-Sun Road e encaixou uma letra para a canção. O líder do Fleet Foxes gostou e gerou o produto final.
Tim Bernardes se admite fã da banda de Seattle. Os membros d’O Terno até assistiram a um show dos norte-americanos em meio a uma turnê que fizeram em Nova York. “Eu acho ele um dos melhores músicos, cantores, compositores dessa geração, até transcendendo a cena indie atual. As músicas do Fleet Foxes ainda vão ser bonitas daqui uns 20, 30 anos”, mencionou Tim ao veículo brasileiro.
Shore, novidade do Fleet Foxes
Fortes na cena indie desde meados dos anos 2000, os Fleet Foxes lançaram o quarto trabalho de estúdio, Shore. O disco tem 15 faixas e conta com participações importantes do cenário alternativo norte-americano, além de Tim Bernardes. Colaboram no trabalho final, Kevin Morby, Daniel Rossen, vocalista do Grizzly Bear, e Hamilton Leithauser, ex-vocalista do Walkmen com promissora carreira solo.
O álbum segue o indie-folk que colocou o Fleet Foxes no mapa e teve boa recepção pela crítica especializada. O disco é uma continuação a altura da consolidada carreira de Robin Pecknold, mas para Tim pode ser “a estrada de sol, o começo de tudo”, como ele mesmo canta no trecho gravado para a produção.