Várias celebridades, como Kim Kardashian e Leonardo DiCaprio, irão desativar suas contas no Instagram por um dia, nesta quarta-feira, para pedir ao controlador da rede social, o Facebook, uma luta mais eficaz contra conteúdo de ódio e desinformação em suas plataformas.
Estas celebridades, como a atriz Jennifer Lawrence e o ator Sacha Baron Cohen, aceitaram o convite de um grupo de organizações responsável pelo primeiro movimento de boicote contra o Facebook.
Em final de junho, o coletivo -que inclui organizações como a associação judaica contra o antissemitismo (ADL) e a organização de defesa dos direitos dos negros (NAACP)- lançou a hashtag #StopHateforProfit ("Pare o ódio com fins lucrativos").
Na época, várias empresas que anunciam seus serviços no Facebook suspenderam temporariamente seus contratos publicitários nas plataformas da rede social.
Os ativistas acusam o Facebook de desempenhar um papel na "incitação à violência, na divulgação do racismo e do ódio, e de contribuir com a desinformação sobre o processo eleitoral" nos Estados Unidos, que eligirá um novo presidente em novembro, explicou a ADL em comunicado.
"Não posso ficar calada enquanto estas plataformas seguem permitindo a propagação do ódio, a propaganda e a desinformação", escreveu Kim Kardashian no Twitter e no Instagram.
Esposa do rapper Kanye West e uma das personalidades mais populares do mundo no Instagram, com 188 milhões de seguidores, Kim Kardashian também irá desativar sua página no Facebook.
No início de julho, o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, se reuniu com representantes do movimento, que exigiram que a gigante das redes sociais adotasse dez medidas imediatas.
Zuckerberg, porém, só aceitou uma: a indicação de um líder com experiência na defesa dos direitos civis.
Com isso, os ativistas, que pedem ao Facebook mais recursos para a luta contra o conteúdo de ódio e no combate à desinformação eleitoral, decidiram manter os protestos e seguem incentivando usuários, empresas, celebridades e pessoas influentes a boicotarem as redes sociais.
Em agosto, o Facebook anunciou ter eliminado cerca de 790 contas vinculadas ao movimento QAnon, uma teoria de conspiração a favor do presidente Donald Trump, que busca um segundo mandato.
No início de setembro, a plataforma também anunciou o endurecimento de suas normas sobre propaganda política.
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