Cultura

Circuito Candango de Culturas Populares investe em atividades on-line

Adaptado à pandemia, o circuito tem programação até dezembro

Victoria Côrtes*
postado em 01/09/2020 06:01 / atualizado em 01/09/2020 11:06
 (crédito: Boi de Seu Teodoro/Divulgação)
(crédito: Boi de Seu Teodoro/Divulgação)

Oficinas, shows e espetáculos realizados pelo Circuito Candango de Culturas Populares continuam a todo vapor, mesmo neste período incerto de pandemia. O projeto foi iniciado em outubro de 2019, mas teve as atividades, enquanto era readaptado para dar continuidade, com apresentações on-line até dezembro próximo.

Capitaneado pelo Instituto Rosa dos Ventos, o projeto é fomentado pela Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal. Durante a pandemia, o Circuito passou a investir na produção técnica para estruturar estúdios itinerantes e registrar manifestações culturais, preenchendo as lacunas que surgiram nessa fase.

Agora, as composições genuinamente candangas do samba pisado de Seu Estrelo; do samba candango de Breno Alves; e as toadas do Bumba Meu Boi de Seu Teodoro ganharam registros em discos para serem eternizadas. O Mito do Calango Voador, de Tico Magalhães, tornou-se livro; e o Bumba Maria Meu Boi — grupo só de mulheres — transpõe as tradicionais rodas de prosa para o formato audiovisual, com as vídeo-rodas.

Entre os meses destinados às apresentações, os espetáculos ocorrem em diversos formatos, em diferentes plataformas virtuais. Toda a programação é gratuita e pode ser acessada pelo site, pelas redes sociais e, também, pelo canal do YouTube do instituto.

De acordo com a presidente do Rosa dos Ventos, Stéffanie Oliveira, a iniciativa, além de incentivar o novo modo de encontro, tem a chance de promover as atividades reinventadas. “Nesse novo formato, cada um dos quatro territórios culturais que compõem o Circuito teve o cronograma de atividades repensado. As necessidades de cada grupo foram atendidas por diferentes soluções virtuais. Com isso, resolvemos um complexo problema logístico durante a pandemia e fortalecemos o processo de apropriação pela grande massa das redes digitais. Se é da cultura, é do povo”, ressalta Stéffanie Oliveira.

O secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, Bartolomeu Rodrigues, diz que a continuidade do projeto demonstra, mais uma vez, a criatividade da comunidade cultural do DF diante da situação causada pelo novo coronavírus. “Que os novos formatos por meio da internet revolucionem a maneira de fazer cultura. Assim, o trabalho continua atendendo aos segmentos culturais, além de ter um alcance mundial. Celebro a presença de manifestações populares tão legítimas.”

Neste momento, algumas atividades estão ativas. Assim é com a websérie Poéticas Populares, disponível no YouTube. Além disso, aulas de capoeira, encontros virtuais que abordam os fundamentos do Bumba Meu Boi, direcionado para mulheres. Todas as informações a respeito das inscrições estão disponíveis no site do Instituto.

*Estagiária sob supervisão de Igor Silveira

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    O mito do Calango Voador e outras histórias do Cerrado Foto: TicoMagalhaes/Divulgação
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