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Em mostras, embaixadas apoiam livre acesso a filmes por plataformas

Três mostras viabilizadas por embaixadas embalam a difusão de culturas variadas, por meio de filmes exibidos de forma gratuita

Ricardo Daehn
postado em 28/08/2020 16:34
Selfie: um dos longas inéditos no Brasil, e disponíveis na 8 ½ Festa do Cinema Italiano -  (crédito: Brabara Conforti/ Divulgação)
Selfie: um dos longas inéditos no Brasil, e disponíveis na 8 ½ Festa do Cinema Italiano - (crédito: Brabara Conforti/ Divulgação)

Um rico mergulho em culturas estrangeiras está ao alcance dos olhos, via streaming, diante da mobilização dos setores culturais de embaixadas. Exemplo arrojado está na anual 8 1/2 Festa do Cinema Italiano, que chega em edição on-line e gratuita. Serão 20 filmes alinhados, para exibição até dia 10 de setembro, tanto no endereço virtual quanto na plataforma Looke.
No cardápio de atrações, sobra originalidade que vai desde uma adaptação fanfarrona para o clássico de Alexandre Dumas, em versão que conquistou o público italiano, intitulada Os mosqueteiros do rei, no qual o diretor Giovanni Veronesi recria destinos de Athos, Porthos e Aramis para as terras italianas. Outra atração leve é Bendita loucura, em que o ator e diretor Carlo Verdone vive um protagonista liberto de casamento e que passa a se aventurar em aplicativos de relacionamento.
Assuntos mais densos brotam de outros dois títulos também inéditos da mostra: Normal e Selfie. No primeiro, Adelle Tulli explora questões de sexualidade e de gênero, num raio-X da sociedade contemporânea; enquanto Selfie, outro documentário exibido no Festival de Berlim, mostra o empenho do diretor Agostino Ferrente em esquadrinhar o cotidiano de dois jovens cercados por realidade suburbana e herdeira dos desmandos da máfia, e que reconstroem, por selfies, a realidade do dia a dia.

Marca suíça

Com uma leva de 34 filmes, o 8o Panorama Digital de Cinema Suíço afunilou a seleção em temas das relações sociais e em filmes que reforcem aspectos econômicos no mundo, ainda que a curadoria tenha encontrado espaço para animações e filmes infantis. Hoje (28/8), até as 20h, com o caráter gratuito que embala toda a programação, é possível assistir a Praça Needle Baby (de Pierre Monard), um dos 14 longas selecionados pela junta do Sesc e do Consulado da Suíça. O tema da fita é pesado: contrapõe a problemática de uma mãe dependente de drogas, em Zurique, e a filha que cria expectativas de mudança de vida.

O painel contempla, até 6 de setembro, curtas e longas, ficções e documentários. Em destaque, obras de Alain Tanner, cineasta que desenvolveu derivado da nouvelle vague, na Suíça. Premiado no Festival de Locarno, o documentário A jornada (de Fanny Bräuning) promete condensar emoção, na história de um fotógrafo apaixonado, por toda vida, pela esposa, tetraplégica há 20 anos.

Leque de sexualidade

A 5a edição do Festival Internacional de Cinema LGBTI será entre hoje (28/8) e 30 de agosto, com filmes mostrados em caráter gratuito, entre as 18h e as 23h59, do período. Coordenado pela embaixada da Bélgica, numa reunião de outras 14 embaixadas, o evento será abrigado pela plataforma LGBTflix. Igualdade e dignidade norteiam as bases do evento que traz filmes ligados, por exemplo, a processo de transição (de transexuais) e homofobia.
Quatorze filmes compõem a mostra. São títulos como Os golfinhos vão para o leste, uma comédia uruguaia sobre um astro de tevê gay que será avô; Quebramar, de Cris Lyra, centrado em amigas lésbicas dispostas a relax do ano novo e Amphi, filme dinamarquês sobre artistas dedicados à expressão da sexualidade. Erik & Erika, já exibido na cidade, terá sessão única, às 20h de amanhã (29/8, sábado).

 

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