A cantora Katy Perry teve uma semana que jamais esquecerá, após o nascimento da filha Daisy na última quinta (27/8), a artista, agora, lançou o sexto álbum da carreira nesta sexta-feira (28/8). Intitulado Smile, o disco marca o retorno de Perry não só aos holofotes, mas também ao pop radiofônico e alegre.
O álbum é o primeiro desde Witness, lançado em 2017, e também o trabalho mais mercadológico recente da artista. Katy Perry volta a usar a potência característica da voz e abusa dos recursos da música eletrônica nas bases. O disco é pop na essência, com músicas que seguem uma fórmula, construídas para serem hits, ou ao menos agradáveis e familiares aos ouvintes do que figura no topo das paradas.
Katy Perry retoma, então, o formato musical que a apresentou para a Billboard e foi responsável por recordes no popular Teenage dream, de 2013. Pensando na experiência sonora, o álbum pouco inova e muitas das canções apresentadas poderiam tranquilamente fazer parte da tracklist de discos antigos da diva.
O ponto de virada, contudo, se apresenta no conceito construído em torno do lançamento. Desde o nome Smile, até as entrevistas dadas por Perry foram construídos como uma história sobre a cantora estar mergulhando em uma nova fase da própria vida.
Mais feliz, realizada e segura. Sem contar com o adendo da gravidez que, segundo a própria cantora, em entrevistas para veículos internacionais, diz ter dado um toque feminino ao disco. Inclusive What makes a woman, música final da produção sobre feminilidade, é uma balada com muito potencial de sucesso.
O sorriso de Katy Perry
Os últimos anos da estrela pop não foram fáceis. Ela passou por uma depressão profunda, tendo inclusive, revelado que pensou em suicídio em 2017. Portanto, o sorriso (tradução do nome do novo trabalho) se tornou cada vez mais importante no cotidiano de Katy Perry.
A artista travou uma luta intensa para sair das condições psicológica, mas, agora, afirma que essa fase passou e busca neste álbum apresentar em palavras como conseguiu escalar do fundo deste poço. Cry about it later, Resilient e a própria faixa título tem nas letras essa a indicação da porta de saída da depressão e o que ela aprendeu no tortuoso caminho.
Smile pode não ser um estouro nas paradas ou uma reinvenção musical de Katy Perry. No entanto apresenta uma Katy Perry como há anos não aparecia publicamente e, principalmente, em quesitos sonoros. As faixas não são complexas, mas potencialmente aparecerão entre alguns dos hits de 2020. Contudo, o que realmente importou em todo trabalho foi a diva pop encontrar com um sorriso no rosto a luz no fim do túnel pelo qual vagou nos últimos três anos.
Smile, novo álbum de Katy Perry
*Estagiário sob supervisão de Adriana Izel
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