
Diego Hypolito vem enfrentando crises de ansiedade durante sua participação no Big Brother Brasil 2025, o que tem preocupado telespectadores e fãs. Diagnosticado com TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), depressão e outras questões de saúde mental, o ginasta enfrentou inclusive crises bem intensas apresentando suor frio, dificuldades para respirar, dificuldades para se mover e precisou ser atendido por médicos no confessionário.
Situações de pressão, como o confinamento, podem atuar como gatilhos para quem já enfrenta problemas dessa natureza. O medalhista olímpico, que recorre normalmente a medicamentos, terapias, uma rotina equilibrada de exercícios físicos e alimentação adequada tem a rotina modificada ao participar do programa, o que agrava sua estabilidade.
“Nesse caso, a ansiedade em sua representação máxima é uma resposta ao estresse e pode ser extremamente debilitante para pessoas neurodivergentes. Além disso, o isolamento social e a constante avaliação pública intensificam o impacto psicológico”, analisa a médica integrativa e ginecologista, Dra. Janifer Trizi.
Apesar de ter a formação em ginecologia e obstetrícia, a doutora se especializou em medicina integrativa, equilíbrio e longevidade e atualmente atende homens normalmente em seu instituto. “Toda mudança drástica acarreta em consequências e o corpo sente. O estresse acumulado, a exaustão emocional e a falta de autocuidado criam o terreno perfeito para que o sistema imunológico se volte contra nós, independente do gênero”, pontua Trizi.
Especialista faz alerta para a saúde
O caso do ginasta nos levanta um alerta: todos estamos suscetíveis a apresentar problemas de saúde mental. “Se você vive sob tensão, constante canseira, sem energia ou com sintomas que parecem não ter explicação, talvez a raiz do problema esteja além do físico. Cuidar do mental é tão importante quanto cuidar do seu corpo. A terapia não é um luxo. É uma ferramenta poderosa para desbloquear padrões, aliviar o peso emocional e permitir que sua saúde flua de dentro para fora”, ressalta Janifer.
Quando falamos de ansiedade, o Brasil aparece em primeiro lugar no ranking mundial. Segundo a Organização Mundial da Saúde, mais de 18 milhões de brasileiros sofrem com transtornos de ansiedade, representando cerca de 9,3% da população.
Obviamente que, no confinamento, não há muito o que fazer. “Esse é um período em que as pessoas que estão lá precisam saber se proteger dos ataques e praticar pequenas ações como meditação, exercícios de respiração e beber muita água podem ajudar o organismo como um todo.
No mundo real, sempre indico a meus pacientes que busquem ajuda profissional como uma psicoterapia, porque está mais do que comprovado na medicina tradicional chinesa e na ayurvédica, 5 mil anos atrás, que toda emoção não resolvida vai gerar uma doença. Você pode melhorar sua alimentação, o que você bebe, o exercício físico, mas se você não cuidar do seu emocional, você vai ficar doente, porque a conta não fecha”.
A especialista frisa que é necessário ter consciência de que as emoções impactam diretamente na saúde física. “O estresse crônico pode desregular seus hormônios. A ansiedade constante pode aumentar a inflamação no seu corpo, enquanto traumas não processados podem enfraquecer seu sistema imunológico”, finaliza Trizi.