
Atualmente, no ar na reprise da novela “Tieta” no Vale a Pena Ver de Novo da TV Globo, o intérprete do personagem Gladstone, o ator Paulo José, morreu em 2021, aos 84 anos, em decorrência de uma pneumonia agravada pela doença de Parkinson.
O artista foi um dos grandes nomes da dramaturgia brasileira com uma carreira de grande expressão nacional no teatro, na TV e no cinema, ele sofria com a doença há mais de duas décadas, mas mesmo assim continuou trabalhando com força total até sua morte.
Com sua sensibilidade e versatilidade, o ator emplacou diversos sucesso na TV como sua estreia na novela "Véu de Noiva" em 1969, "Assim na Terra como no Céu" em 1971, "Roda de Fogo" em 1986, "Explode Coração" em 1995 e "Por Amor" em 1997. Na última, Paulo emocionou o Brasil como Orestes e soube abordar o alcoolismo com muita emoção e impacto nas cenas com as atrizes Regina Braga, que era sua esposa, e Cecília Dassi, que era sua filha na trama.
Entenda mais sobre a doença de Parkinson
A doença de Parkinson é um distúrbio neurológico progressivo que afeta o controle dos movimentos, causando tremores, rigidez muscular e dificuldades motoras. Ela também pode provocar sintomas cognitivos e afetar funções automáticas, como a deglutição. Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que mais de 200 mil pessoas sofram com a doença no Brasil.
De acordo com a neurocientista especializada no tratamento de Parkinson, Dra. Carolina Souza, a pneumonia é uma das principais causas de morte entre pacientes com Parkinson. Isso ocorre porque a doença compromete a função motora, dificultando a deglutição e aumentando o risco de aspiração de alimentos ou saliva para os pulmões, resultando em infecções graves.
"Pacientes com parkinson apresentam fraqueza na musculatura envolvida na respiração e deglutição, o que facilita o desenvolvimento de pneumonias aspirativas, especialmente em estágios avançados da doença", explica a neurocientista especializada em distúrbios do movimento.
Além das complicações respiratórias, o Parkinson provoca também o declínio cognitivo e motor dos pacientes, afetando severamente sua qualidade de vida. No entanto, tratamentos inovadores, como a neuromodulação não invasiva, vêm trazendo avanços no controle desses sintomas.
"O tratamento com a neuromodulação não invasiva envolve o uso de estímulos elétricos no cérebro e pode ajudar a melhorar os sintomas motores e cognitivos do Parkinson, proporcionando uma resposta terapêutica importante, especialmente para pacientes em estágios mais avançados da doença", destaca a Dra. Carolina Souza.