Raphael Ghanem revela importância da poesia: 'Deu voz a uma criança'

Comediante realizou 22 sessões esgotadas, passando por 9 cidades e reunindo um público de quase 30 mil espectadores

Comediante realizou 22 sessões esgotadas, passando por 9 cidades e reunindo um público de quase 30 mil espectadores -  (crédito: @vaiveipt)
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Comediante realizou 22 sessões esgotadas, passando por 9 cidades e reunindo um público de quase 30 mil espectadores - (crédito: @vaiveipt)

Raphael Ghanem, um dos maiores nomes da comédia brasileira na atualidade, segue quebrando recordes e consolidando sua carreira internacional. Em Portugal, o comediante realizou 22 sessões esgotadas, passando por 9 cidades e reunindo um público de quase 30 mil espectadores. Com essa marca impressionante, ele se torna um dos comediantes brasileiros de maior sucesso no País.

Com apresentações lotadas em 11 países, incluindo Áustria, Alemanha, Escócia, Suécia, Suíça, França, Inglaterra, Espanha e Irlanda, Ghanem tem sido recebido de braços abertos pelo público europeu.

Além do estrondoso sucesso nos palcos, Raphael também tem conquistado o universo digital. O comediante acumula mais de 9 milhões de seguidores nas redes sociais e 1 milhão de inscritos no YouTube, consolidando-se como um dos artistas mais influentes da comédia atual.

Nesta segunda-feira, 17, o artista concedeu entrevista coletiva e falou sobre diversos temas. Um dos assuntos tratados por Raphael foi o de sua paixão por poesias, e ele aproveitou o espaço para se aprofundar, e em um relato emocionante, explicou a importância da poesia em sua vida.

"As poesias deram voz a uma criança que não teve vez. Na minha infância, eu não me sentia na vez, eu não conseguia me posicionar, nem falar o que eu sentia, nem tinha coragem para tirar as minhas dúvidas em sala de aula. Eu tinha medo de brincarem comigo, de me humilharem, de me sentir excluído", começou Raphael.

"Eu vim de uma família, onde não conhecia meu pai, então já me sentia excluído de certa forma. E essa vibração ficou em mim até meus 23 anos, quando comecei a fazer terapia, em relação a limpar essa exclusão. E depois disso, eu já tinha conhecido meu pai, quando eu tinha uns 15 anos", seguiu, relembrando da família.

Na sequência, Raphael destacou algo que acredita, e sobre as inseguranças que surgem ao longo da vida: "A nossa vibração vem do subconsciente, é uma coisa que eu acredito. Uma série de coisas foram plantadas durante a gravidez, emoções que foram absorvidas pela minha mãe, e provavelmente eu fui absorvendo também, e eu carreguei comigo por 23 anos".

"Então, em diversos momentos, eu acabei atraindo circunstâncias em que me senti excluído e me senti rejeitado, seja em relacionamento ou em vida profissional, como quando vou fazer um teste e não sou aceito. Em algum momento, você começa a duvidar: 'Será que não sou tão bom?'", complementou.

Por fim, ele detalha como as poesias deram voz a essas emoções que ficaram guardadas por tanto tempo: "Aos poucos, fui limpando tudo isso em mim, essa autossabotagem, e foi onde eu consegui fortalecer meus caminhos e até então eu vibrava mais a rejeição. Por isso, vem daí a poesia para mim".

"Primeiro, na verdade, vem o RAP, mas como eu não tinha o swing, o ritmo, a percussão, eu criava a poesia. E aí eu apenas falo, mas não canto. Então, a poesia trouxe voz para essas emoções todas que eu não conseguia colocar para a fora", finaliza.

Mariana Morais
MM
postado em 18/03/2025 15:09 / atualizado em 18/03/2025 15:09