Anitta está sendo processada pela designer de moda Lucia Helena da Silva, proprietária da Ropahrara Moda Exótica por danos morais e patrimoniais. Além disso, a empresária acusa a cantora de segregação racial.
Ocorre que, segundo a designer, Anitta teria recebido e usado peças da marca dela entre os anos de 2015 até o ano passado, nos clipes “No meu talento”, “Is That for me”, “Vai Malandra” e “Funk Rave”.
No entanto, o problema é que as roupas autorais de Lucia Helena da Silva também foram usadas em campanhas de marcas como a C&A.
Além disso, a designer alega que teria ocorrido a falsa alegação de que os produtos foram feitos em parceria com outra profissional, Yasmine McDougall Sterea. A informação foi divulgada pelo jornalista Daniel Nascimento.
Contudo, a designer alega que não recebeu nenhum valor relacionado a comercialização das peças e muito menos uma menção ao seu trabalho. E ainda, segundo ela, a ação estaria "reforçando a perpetuação da invisibilidade racial e subalternidade que pessoas negras enfrentam no âmbito da moda e da sociedade em geral."
Por fim, Lúcia Helena está reivindicando o direito autoral que lhe é permitido e alega, sobre a situação: "propaganda enganosa, amplamente divulgada (...) induzindo o público a acreditar que a C&A era responsável pelas criações originais da Ropahrara". "Há uma injustiça inerente as ações perpetradas contra a designer por parte da cantora e de C&A, cuja obra não foi apenas utilizada sem os devidos créditos, mas cuja autoria foi intencionalmente atribuída a uma designer branca, evidenciando a racialização do reconhecimento e do privilégio no ambiente das relações sociais.
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