Atriz Jacqueline Sato coordena instituição que já atendeu mais de 2.000 felinos

Jacque é embaixadora do Greenpeace

Em tempos que clamam por mudanças urgentes e ações concretas, Jacqueline Sato é um dos nomes que não restringem sua visibilidade à carreira no audiovisual. Atriz, apresentadora, dubladora e produtora, Sato tem entre suas batalhas diárias a causa animal e a defesa do meio ambiente.

Sua trajetória artística é pontuada por performances nas mais variadas frentes, tendo se destacado em novelas como "Sol Nascente" e "Além do Horizonte", da TV Globo, e também na série "(Des)encontros", do Canal Sony. Agora, a nipo-brasileira, que lançou este ano "Mulheres Asiáticas", programa que explorou questões de identidade e representatividade do recorte mencionado no Brasil, está de volta à emissora carioca em “Volta por Cima”, interpretando a mulher de negócios, Yuki.

Em paralelo a todos estes trabalhos, a artista atua como embaixadora do Greenpeace Brasil, uma das mais respeitadas organizações ambientais do mundo, desde 2021. Em um contexto de crescente degradação ambiental e catástrofes climáticas, o posicionamento de formadores de opinião se torna crucial. Com eloquência natural e paixão genuína, ela utiliza a plataforma que conquistou para alertar sobre a urgência de proteger nossos ecossistemas e combater as mudanças climáticas.

"A crise ambiental e climática é e sempre foi uma urgência pra mim. Desde pequena, já me angustiava. Sabia que eu ia querer fazer algo a respeito. E na adolescência, quando decidi que seguiria no meio da arte e comunicação, soube que faria isso através desses meios. E o que eu puder fazer para contribuir para essa conscientização farei, das mais variadas formas: em conversas pessoalmente, nas redes sociais, nos trabalhos e marcas com as quais eu me vinculo e, se Deus quiser, através da arte e das obras audiovisuais também. Ter me tornado embaixadora do Greenpeace aconteceu por eu realmente espalhar as notícias junto com eles de forma orgânica", disse a atriz.

Ela ainda acrescentou: "Ter ido com eles numa missão na Amazônia para visitar a RDS do Tumbira foi uma das coisas mais impactantes e transformadoras que já vivi. De longe, sempre soube que queria lutar pela preservação da nossa floresta, quando estive dentro dela, tive ainda mais certeza e gana de fazer muito mais - além da certeza de que ela é muito mais do que eu poderia imaginar. Seria tão bom se as pessoas pudessem conhecê-la, certamente se preocupariam e usariam suas energias e meios possíveis para não só protegê-la como para colaborar com sua regeneração".

Além disso, Jacqueline revelou: "Acho que a responsabilidade ambiental é de todos. Cada indivíduo impacta. Alguns, a depender do que fazem profissionalmente, impactam mais gente; outros por seus lugares de privilégio e poder podem levar a pauta para as rodas onde grandes tomadas de decisão são feitas; outros conseguirão mudar apenas suas ações e isso inspirar pessoas das suas famílias e amigos; tudo isso é importante e cada um agindo dentro daquilo que lhe é possível geram mudanças que impactam toda a vida no planeta”.

A dedicação de Jacque à causa ambiental é acompanhada por seu amor pelos animais, materializado na criação da "House of Cats". A organização sem fins lucrativos, fundada por ela, é um lar temporário para gatos abandonados e em situação de risco. Com um trabalho incansável de resgate, cuidado e promoção da adoção responsável, a instituição já transformou a vida de mais de dois mil felinos, promovendo também a conscientização sobre a importância da castração e da guarda responsável.

“Vivi tantos momentos gratificantes, de ternura, amor, encontro, transformação... A vida do animal e da pessoa se transformam profundamente quando acontece a adoção. Toda vez, é emocionante. Dá um quentinho no coração. E a esperança de que mais e mais gente escolha adoção ao invés de compra. São tantos animais precisando de um lar. Recentemente, houve uma adoção muito especial: a Marina Ruy Barbosa, adotou um gatinho branquinho com a gente, que agora se chama, Cura; e uma semana depois, o seu noivo, Abdul Fares, quis fazer uma surpresa pra ela e adotou um ruivinho pra fazer companhia para o Cura".

Sato também falou sobre um projeto pessoal: "O programa ‘Mulheres Asiáticas’, minha primeira criação enquanto roteirista e produtora, me trouxe muito desse senso. O longa metragem que estou produzindo agora também. A realização do encontro do ‘Papel & Caneta’ deste ano no Brasil, que era focado em discutir a invisibilidade de pessoas amarelas na indústria criativa, foi outro grande momento em que senti que estava fazendo a coisa certa na hora certa, com as pessoas certas. O fato de ser produtora associada de um curta-metragem pela primeira vez, o ‘Amarela’ do André Hayato Saito, e ele ser selecionado para a competição de Cannes, também foi um ápice".

Por fim, a artista falou sobre como é estar na novela ‘Volta por Cima’: "Me faz sentir que meu caminho está mesmo muito alinhado. Agora, em relação à sustentabilidade, sinto que também tenho agido e conhecido cada vez mais pessoas engajadas, o que traz muita esperança e fortalece nessa caminhada".


Mais Lidas