O jogador de futebol, Dudu do Palmeiras, está sendo acusado de ter montado um esquema para enganar e evitar a partilha de bens com a ex-companheira Mallu Ohana. O portal G1 teve acesso a conversas do atleta com o ex-empresário Thiago Donda, em que ele mostra preocupação se na época, a esposa teria assinado o documento que garantiria que ela não teria direito a nada.
Segundo apurado pelo portal, quando o jogador fez união estável com Mallu Ohana, o jogador do Palmeiras embutiu no meio dos documentos de união estável e pacto antenupcial, um papel com um regime de separação total de bens [em que ela não teria direito à partilha de patrimônio].
Na época, quando os documentos foram assinados, Dudu estava sendo sondado por times da China e já tinha a intenção de se separar. A assinatura aconteceu no Centro de Treinamento (CT) do Palmeiras em janeiro de 2019 e a mulher não sabia do conteúdo.
Além disso, Dudu contou com auxílio do consultor financeiro Antônio Calil e de uma cartorária, que teria sido paga para formalizar as escrituras públicas. Nos prints divulgados pelo G1, é possível ver que o jogador gastou pouco mais de R$ 600 para incluir a folha nos outros documentos.
Em outras conversas, Dudu demonstra preocupação com o seu consultor sobre os documentos. Depois, eles comemoram que conseguiram fazer tudo sem que Mallu Ohana percebesse. O atleta se separou em janeiro de 2020 e desde então, os dois brigam na Justiça sobre a separação dos bens. Mallu afirma que jamais tinha assinado os documentos.
Posicionamento das defesas
Por meio de nota, a defesa de Mallu, informou ao G1 que o caso corre sob segredo de justiça e que recebeu com surpresa a informação sobre a indução ao erro nas escrituras. Apesar disso, os advogados afirmaram que o caso sempre causou estranheza, já que a mulher negava a assinatura.
Já os advogados do jogador Dudu, disse que as afirmações expostas não traduzem as decisões judiciais proferidas pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que entendeu legítimo o Pacto de Separação Total de Bens, reconhecendo a sua validade a partir da data da celebração.
Por fim, eles afirmam que Mallu Ohana sabia dos documentos e renunciou ao direito de realizar provas porque sabe ter sido legítima e válida a escritura.