
Uma distância de mais de uma década e uma despedida sem reencontro marcaram os últimos anos do Papa Francisco com sua única irmã viva. María Elena Bergoglio, de 77 anos, não via o irmão desde março de 2013, quando Jorge Mario Bergoglio foi eleito o novo líder da Igreja Católica. A comovente história de separação familiar vem à tona após a morte do pontífice, ocorrida na última segunda-feira (21).
Morando em Buenos Aires sob os cuidados de freiras devido a problemas de saúde, Elena viveu os últimos 12 anos sem conseguir viajar até o Vaticano. Segundo relatos próximos, os dois mantinham contato constante por telefone e por cartas, nutrindo uma relação à distância marcada por carinho e saudade.
"Ela foi impedida pelos médicos de viajar", relatam fontes próximas à família. Apesar do desejo mútuo de um reencontro, a fragilidade da saúde de María Elena sempre foi um obstáculo. Ela chegou a renovar o passaporte, acreditando que ainda poderia abraçar o irmão mais velho uma última vez. Mas o reencontro nunca aconteceu.
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Separada e mãe de dois filhos, Elena acompanhou pela televisão o conclave que elegeu Francisco em 2013. Desde então, mesmo separados fisicamente, os dois compartilhavam momentos íntimos, como refeições em família por telefone e conversas semanais. “Sempre que dava, a gente conversava, e era como se ele estivesse ali”, revelou ela em entrevistas anteriores.